São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Mercosul pressiona para Brasil manter exceções

DO ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

A partir de hoje, o Brasil terá que decidir se mantém as exceções dadas ao Mercosul em relação às restrições adotadas em março deste ano para o financiamento de importações.
Os diplomatas brasileiros que conduzem as negociações em Assunção garantem que a decisão será do ministro Pedro Malan (Fazenda) e do presidente do Banco Central, Gustavo Loyola.
"O assunto não está sendo discutido pelo Grupo Mercado Comum. O Brasil se comprometeu a fazer uma avaliação de sua medida e é isso que acontece a partir de amanhã (hoje). Não sei mais nada sobre o tema" , declarou o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, chefe da Divisão Mercosul do Ministério das Relações Exteriores.
As restrições às importações adotadas pelo Brasil são o principal foco de conflito na reunião do Mercosul. O embaixador Jorge Campbell, chefe da delegação argentina, disse ontem que espera uma solução.
"Esperamos que seja desenhado um regime especial de financiamento ao comércio exterior para o Mercosul", afirmou.
A exceção dada ao Mercosul prevê prazo de pagamento de dois meses para operações entre US$ 10 mil e US$ 40 mil. Mas o acordo perde a validade a partir de 31 de julho.
Alca
As pressões dos Estados Unidos para que seja formalizado uma zona de livre comércio em todo o continente americano (conhecida como Alca) está fazendo com que o Mercosul agilize a discussão de seus problemas internos.
Essa avaliação é um dos poucos pontos de consenso entre as delegações de Brasil e Argentina. "Para que o Mercosul mantenha sua individualidade perante a Alca, temos que discutir nossas pendências. A Alca nos obriga a isso", afirmou o argentino Jorge Campbell.

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