São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997 |
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Zagallo deve sepultar o '1' na seleção ALEXANDRE GIMENEZ ALEXANDRE GIMENEZ; ARNALDO RIBEIRO
A virada de 3 a 2 diante do México e os dois tempos totalmente distintos da seleção brasileira na partida devem fazer o técnico Zagallo abdicar definitivamente do esquema 4-3-1-2 (quatro zagueiros, três meias, um meia-atacante e dois atacantes). A "função do 1", desempenhada por Djalminha na primeira etapa contra os mexicanos, quando o Brasil perdeu por 2 a 0, está sendo arquivada pelo treinador. Nem Djalminha, nem Giovanni, que anteontem não ficou sequer no banco, e nem Juninho, que não foi convocado, conseguiram fazer o papel desejado pelo treinador. Ou seja: fazer a ligação entre o meio-campo e o ataque, armando as jogadas ofensivas, e ter preparo físico para retornar à defesa e marcar a saída de bola do adversário. Novo titular Justamente o bom condicionamento físico é o trunfo do meia Denílson, que disputou o segundo tempo contra o México e ajudou o time a virar o placar. O jogador será confirmado hoje por Zagallo como o novo titular da seleção, que voltará ao sistema 4-4-2, mais cauteloso, que não expõe tanto a defesa. É com esse esquema que o Brasil tentará confirmar o primeiro lugar do Grupo C da Copa América, amanhã, contra a Colômbia. "Denílson entrou e reequilibrou o meio-campo diante dos mexicanos. Com ele, jogamos um futebol sensacional e saímos de um desastre para uma grande vitória. Ele já havia ganho a posição dentro de campo e só saiu por contusão", disse Zagallo. "Sem a presença dele, ficavam três jogadores no ataque (Romário, Ronaldinho e Djalminha) e sobrava sempre algum mexicano na nossa defesa", acrescentou. Segundo Zagallo, "o time jogou só 45 minutos contra o México". Diálogo Com a entrada de Denílson, Zagallo espera que as falhas de posicionamento do meio-campo para trás, principalmente dos laterais, não se repitam. "Os jogadores estão demorando muito tempo para assimilar as minhas idéias. Se tiverem dúvidas, que venham me consultar", disse. Os principais jogadores da seleção aprovam a entrada de Denílson na equipe. Dunga, capitão do time, e a voz mais respeitada por Zagallo, disse que 'à seleção fica melhor com quatro homens no meio-campo". "Não que o Djalminha não tenha ajudado, mas o Denílson deu mais consistência. O time cresceu", afirmou Romário. Outras alterações Além da entrada de Denílson no lugar de Djalminha, a seleção deve ter mais três alterações para enfrentar a Colômbia. Flávio Conceição (expulso) e Roberto Carlos (dois cartões amarelos), suspensos, serão substituídos por Mauro Silva e Zé Roberto. Célio Silva, que falhou muito diante do México, deve perder a vaga para Gonçalves. LEIA MAIS sobre a Copa América na pág. 3-13 Texto Anterior: Peru mantém retranca em jogo decisivo contra a Venezuela Próximo Texto: Zaga erra e Célio Silva deve sair Índice |
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