São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sandra Bullock luta contra a água em 'Velocidade Máxima 2'

ADRIANE GRAU
ESPECIAL PARA A FOLHA EM LOS ANGELES

Devota da idéia de que boa filha à casa torna, Sandra Bullock mergulhou de cabeça na continuação de "Velocidade Máxima" ("Speed"), que a transformou em namoradinha da América. No caso, um mergulho literal, pois "Velocidade Máxima 2" ("Speed 2: Cruise Control") se passa no mar.
A atriz, que concedeu entrevista coletiva num hotel com vista para o mar em Marina Del Rey, Los Angeles, revela que, surpreendentemente, sempre teve medo de água.
"Tive um acidente quando era pequena e estava pegando jacaré", diz ela. "Fiquei presa debaixo d'água e passei a ter fobia de grandes corpos d'água sem fundo, justamente como o oceano."
Filmar na água não foi um desafio apenas para ela. O diretor holandês Jan De Bont conta que nunca participou de um cruzeiro e, agora, jamais o fará. "Descobri que sofro de enjôo no mar e tive que comprar todos os truques, como braceletes, pílulas e aromas para aguentar", afirma ele.
O protagonista Jason Patrick, ao contrário, além de não sofrer de enjôos revelou-se um intrépido aventureiro. Dispensou o dublê e fez todas as sequências de ação, incluindo uma em que é rebocado por um hidroavião prestes a decolar. Com água jorrando em seu rosto, ainda teve energia para escalar a lateral do avião e resgatar Sandra Bullock das mãos do vilão Willem Dafoe.
Segundo Patrick, o desafio de correr riscos de verdade foi justamente o que o atraiu para o projeto. Jan De Bont conta que quando soube que Keanu Reeves, ao invés de fazer parte do filme, preferia tentar carreira musical, pensou em vários atores para o papel. "Mas a maioria queria ganhar até US$ 9 milhões só para aparecer nos close-ups", diz. "Jason topou fazer tudo de verdade."
A idéia de realizar um filme num navio partiu de Jan De Bont num momento que ele descreve como alucinatório. "Eu estava fazendo o 'making of' de 'Twister' e não conseguia dormir por causa do tempo ruim", afirma. "Aí fiquei deitado na cama e deixei a imaginação rolar até que vi um navio voando. Comecei a pensar como seria bom estar no Caribe e, quando juntei as coisas, nasceu 'Speed 2'."
Após dar à luz a tais idéias, De Bont afirma que foi difícil apresentá-las ao estúdio. "Minha idéia era que o navio partisse a ilha ao meio", diz. "Mas isso não foi possível por motivos óbvios." Com sinal verde e orçamento aprovado pela Fox, o passo seguinte foi convencer a ilha de San Marteen a servir de locação, pois o navio acaba destruindo uma vila cênica no final, ao custo de US$ 110 milhões.
(AG)

Texto Anterior: Filme tem som gospel
Próximo Texto: Carlinhos Brown canta na trilha sonora
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.