São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997 |
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Sobrenome na rede provoca confusão Entenda a disputa pelo controle dos domínios SILVIO LEMOS MEIRA
Um nome de domínio, na Internet, equivale ao nome de uma instituição na vida real. UOL.com.br, por exemplo, é o nome de domínio correspondente ao Universo Online, operação dos grupos Folha e Abril na Internet. O IAHC, formado por sete organizações internacionais -representando governos e empresas-, produziu um documento que estabelece regras e modificações na estrutura hoje utilizada por todos os países conectados à rede (leia em www.gtld-mou.org). Exclusividade dos EUA Atualmente, o registro dos Domínios Genéricos Internacionais de Alto Nível (gTLDs), como .org, .net e .com, é feito exclusivamente pela empresa norte-americana Network Solutions, Inc., em convênio com a National Science Foundation, que é ligada ao governo dos Estados Unidos. O acordo termina em 1998. Por isso é urgente estabelecer um novo sistema de registro. A primeira preocupação dos provedores de serviço é quebrar o monopólio, até porque cada nome de domínio registrado custa US$ 50 por ano, e não é justo que apenas a NSI lucre com o negócio. Até março deste ano, já haviam sido feitos 1,2 milhão de registros nos gTLDs, e a previsão é que o número dobre até dezembro. Os países conectados à Internet -excluindo os EUA- são responsáveis por mais de 50% do crescimento no número de hosts (computadores e sistemas conectados por linha direta à Internet). Isso reforça a tese de que esses países deveriam competir no mercado de registro (leia mais em www.gtld-mou.org/docs/apply. htm), já que 38% dos hosts do mundo utilizam gTLDs. Outra deficiência existente no atual sistema é que ele permite o acúmulo de registros nos gTLDs por um único usuário. Alguns, por má fé, se aproveitam dessa flexibilidade e registram domínios para futura revenda, fazendo dos nomes, na Internet, um negócio. É o caso de uma pessoa ou uma empresa registrar uma marca conhecida e depois tentar vender o direito do uso do domínio aos donos da marca ou produto. Na nova estrutura, a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, de Genebra, vai tentar evitar que isso aconteça. A entidade já é responsável pelo monitoramento, em todo o mundo, de marcas, direitos autorais e patentes. A preocupação central dos países representados no memorando era que o milionário negócio acabasse ficando nas mãos de empresas norte-americanas, já que hoje elas detêm boa parte do conhecimento e da tecnologia na área. Outra modificação importante prevista no memorando é a criação de sete novos gTLDs: .firm, .store, .web, .arts, .rec, .nom e .info. Com isso, as empresas seriam registradas por sua área de atuação, descongestionando principalmente o gTLD .com. Texto Anterior: Privacidade aproxima Microsoft e Netscape Próximo Texto: Site usa HQ para defesa ecológica; Banda coloca 'bagulho' no ciberespaço; Terror inspira escritores na rede; Viagem de brasileiros à Patagônia está no ar; Internauta participa de striptease ao vivo; Carecas ganham madeixas na Internet Índice |
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