São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Reeleição viral; Acusações ao PT; Plenário vazio; Piracicabanos; Tarifa do metrô; Rodízio de carros; Escola pública; Servidores; Babel; Instituto Butantan

Reeleição viral
"O governo FHC não é neoliberal. É neoviral. Conseguiu desmontar a cobertura vacinal eficiente, uma das poucas coisas de que o país podia se orgulhar na área de saúde. Sarampo, pólio e outros, inclusive FHC, estão com reeleição garantida."
Felicio Limeira de França (Recife, PE)

Acusações ao PT
"Quanto tempo ainda vai levar para as pessoas perceberem que o PT não passa de uma fraude, um partido de direita com discurso de esquerda, cujo único objetivo é impedir que surja uma esquerda verdadeiramente combativa no Brasil? Será que ninguém vê que o PT está de acordo com a política neoliberal de FHC e apenas finge ser contra, montando ridículas manifestações em frente às Bolsas? Será que ninguém vê que eles têm um ministro no governo (Francisco Weffort, da Cultura)?"
Ricardo Stumpf (Ilhéus, BA)

Plenário vazio
"O sr. Vicente Cascione quer justificar o injustificável (Painel do Leitor, 17/6). Os pobres mortais têm de trabalhar de segunda a sexta para receber salários miseráveis, enquanto os parlamentares recebem quantias estratosféricas sem ter que trabalhar às sextas e às segundas. Ele deveria respeitar um pouco mais seus eleitores e não tentar arranjar desculpas esfarrapadas."
Fausi Antonio Birene Guimarães (Mairiporã, SP)

Piracicabanos
"Preto, pobre e desdentado, aos 25 anos, existe em Piracicaba como pode existir em qualquer parte do país e do mundo, até mesmo na terra do senador Gilberto Miranda. Felizmente, temos o orgulho de ser a terra onde viveu o primeiro presidente civil da República, que primava por honestidade e bons exemplos, coisa difícil de ver hoje. Se também tivemos e temos políticos inexpressivos, nenhum deles conseguiu ainda a façanha de se igualar a esse repulsivo senador."
Roberto Antônio Cera (Piracicaba, SP)

Tarifa do metrô
"Meus protestos sobre o aumento da tarifa do metrô de São Paulo para R$ 1,25. Já foi a época em que nós, paulistanos, nos orgulhávamos desse meio de transporte. Hoje, não passa de uma 'Central do Brasil' dos anos 90."
Helio Bertolucci Júnior (São Paulo, SP)

Rodízio de carros
"Quero saber se nos próximos recolhimentos do IPVA e no licenciamento teremos algum desconto dos dias em que nos proibiram de circular com os nossos veículos."
João Roberto Jacoia (Botucatu, SP)

Escola pública
"Com relação à carta publicada sob o título 'Cola na escola', no Painel do Leitor de 16/6, assinada pelo leitor João El Helou, este faz referências injustificadas e caluniosas aos corpos docente e discente da escola.
O missivista destila, ainda, sua irreverência e injúria, citando 'falta de respeito dos professores para com os alunos (e vice-versa)', o que não corresponde à realidade da relação professor-aluno nesta escola.
A acusação de consumo e distribuição de drogas na escola põe sob suspeita, ou acusa de omissão, a própria vigilância diuturna que policiais militares destacadas para cá fazem no portão de entrada e mesmo no pátio interno.
Informamos que a direção deste estabelecimento não recebeu nenhuma denúncia sobre os fatos expostos na carta, o que aguarda seja feito diretamente pelo zeloso cidadão leitor deste jornal."
João Americo Salzedas, vice-diretor da Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau Caetano de Campos; seguem-se mais 17 assinaturas (São Paulo, SP)

Servidores
"Poucas manifestações temos visto na Folha em defesa do servidor público. Quando a lei confere uma vantagem ao funcionalismo, o faz na medida do interesse público. As vantagens do servidor são reclamadas pelo próprio serviço público, presumindo-se sejam imprescindíveis à boa administração.
Em razão da alternância de governos, não fosse a estabilidade, os servidores estariam sujeitos a todo tipo de abuso ou desvio de poder, sendo afastados por perseguição ou para favorecimento de outros. Essa prática, sim, seria lesiva aos cofres públicos, por não ter nenhuma finalidade administrativa, levando a uma constante rotatividade, que não convém a nenhum tipo de serviço."
Antonio Carlos Ramozzi, procurador da República aposentado (São Paulo, SP)

Babel
"Foi impossível controlar o ímpeto de escrever diante do texto publicado na Ilustrada relatando a apresentação da cantora Selma do Coco, no último sábado, dentro do evento "Babel".
Não entendi a escalação de profissional tão surpreendentemente despreparado para a apresentação. Quem é esse rapaz que, de dentro de sua insegurança e do seu flagrante desconhecimento do que seja cultura popular, não consegue concluir se houve fusão, choque, comoção ou se 'pouco restou da intenção programática de Babel'- seja lá o que ele quis dizer- depois do show?"
Frederico Goyanna (São Paulo, SP)

Instituto Butantan
"Sobre a carta de Isaias Raw (Painel do Leitor, 13/6): 1) O atrevimento do sr. Isaias, que não é especialista no assunto, é tão grande que, nos 25 anos em que tivemos a responsabilidade sobre a produção e a qualidade dos soros e vacinas, nunca recebemos uma única reclamação quanto à quantidade e à qualidade de nossos produtos.
O referido senhor, ignorante no assunto, confunde qualidade excelente com contaminação. É fácil compreender: o instituto, no passado, produzia as vacinas necessárias ao país, contrariamente à situação atual, em que o país importa vacina tríplice e antimeningocócica de péssima qualidade. Perguntamos: por que no passado não houve reclamações?
2) Na nossa administração deixamos o Parque de Saúde Pública, o Museu Histórico, a unidade de produção de vacina contra o sarampo (esta última totalmente equipada e com pessoal treinado até no Japão) e ainda outra unidade de distribuição de vacina contra poliomielite. Perguntamos: foi produzida uma única dose em 15 anos?
3) Todas as vacinas e soros produzidos por nós obedeceram às normas estipuladas pela OMS. Não poderia ser diferente, pois assessoramos no assunto, na época, a Organização Mundial de Saúde. Paralelamente, os trabalhos publicados pelo sr. Isaias não tinham qualidade.
4) O sr. Isaias, ex-diretor do instituto, atualmente na presidência da Fundação Butantan, mantido pelo governo do Estado no cargo, continuará com sua administração desastrosa, pois é péssimo administrador e não é homem de saúde pública. O futuro dará a resposta."
Bruno Soerensen, ex-diretor do Instituto Butantan (Marília, SP)

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