São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 1997
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Ex-policial se diz inocente de chacina

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Uma surpresa marcou a abertura do segundo julgamento do ex-PM Nélson Oliveira dos Santos Cunha. Pela primeira vez desde que foi preso, Cunha afirmou ser inocente da acusação de ter participado da chacina da Candelária.
O julgamento começou ontem e deve acabar hoje. No primeiro julgamento, em novembro, Cunha confessou ter atuado na matança de oito meninos de rua, em 93. Foi condenado a 261 anos de prisão. Cunha está preso. Ele tem direito a novo julgamento porque foi condenado a mais de 20 anos.
Cunha avisou que não aceitaria ser interrogado. Após citar o "povo de Israel", Cunha disse que o advogado Maurício Neville apresentaria sua versão sobre a chacina. "Só digo que sou inocente."
À noite, a única testemunha ouvida -Valmir Brum, coronel da PM que investigou o caso-, disse que a suposta participação de Cunha na chacina foi denunciada pelo ex-PM Amarilton Rosa.
A fala da defesa estava prevista para começar na madrugada de hoje. Neville deveria argumentar que seu cliente esteve no local da matança coagido por Sexta-Feira 13, seu primo, mas não atirou. Sexta-Feira 13 já morreu.

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