São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 1997 |
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Juiz manda parar obras de hidrovia Ação diz que índios sofreriam impacto RUBENS VALENTE
A hidrovia deve se estender pelos Estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pará e Maranhão. É uma das 42 obras prioritárias do governo federal para o período 1992-2001. A ação foi movida pelo ISA (Instituto Sócio-Ambiental). O ISA alega que os cerca de 13 mil indígenas que vivem ao longo da hidrovia deverão sofrer os impactos da obra. A ordem do juiz, expedida anteontem, também impede a navegação no rio das Mortes, entre a cidade de Nova Xavantina (MT) e o rio Araguaia. No final de 96, os xavantes arrancaram e jogaram fora mais de 30 placas de sinalização colocadas ao longo do rio das Mortes, em Mato Grosso. Além das placas, os índios das aldeias de Areões e Pimentel Barbosa denunciam a construção de um porto no município de Água Boa (MT). A empresa responsável pela obra foi notificada pela Fema (Fundação Estadual de Meio Ambiente) de Mato Grosso. A hidrovia, que terá 1.528 quilômetros ligando Barra do Garças (MT) ao porto de Ponta da Madeira (MA), terá um investimento inicial de R$ 138 milhões. O objetivo é melhorar o escoamento da produção agropecuária do Centro-Oeste e Norte, baixando os custos de transporte. O superintendente da Ahitar (Administração da Hidrovia Tocantins-Araguaia), Rogério Barzellay, responsável pela obra, foi procurado em Goiânia (GO) pela Agência Folha, pela manhã e à tarde, mas não foi localizado. Em novembro, em uma audiência promovida pela Câmara dos Deputados em Brasília com ambientalistas, indigenistas, índios e pesquisadores, o representante da Ahitar, Carlos Mota Vilella, disse que nenhuma obra estava sendo feita com autorização da Ahitar. Texto Anterior: Empresas de SP não cumprem normas Próximo Texto: Casoy deve deixar o SBT no dia 30 Índice |
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