São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 1997
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Equipe diz ter achado muralhas de Jericó

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Arqueólogos italianos da Universidade La Sapienza anunciaram ontem em Roma a descoberta de restos das muralhas de Jericó. Os pesquisadores afirmaram também que as muralhas da cidade não foram destruídas pelos judeus liderados por Josué, contrariando o que consta na Bíblia.
Segundo Paolo Matthiae, chefe da missão arqueológica, as escavações realizadas na Cisjordânia indicam que as muralhas de Jericó estão intactas e que elas são mais antigas que o período situado entre 1400 a.C. e 1200 a.C., em que se presume, com base no texto bíblico, ter ocorrido o ataque à cidade.
Lorenzo Nigro e Nicoló Marchetti, membros da equipe, disseram que não foram encontradas cinzas e outras evidências de que a cidade tenha sido saqueada.
Segundo a Bíblia, as muralhas de Jericó desabaram após serem tocadas diversas trombetas durante sete dias. "Aparentemente, não existe a Jericó de que fala a Bíblia", disse Matthiae. Segundo o arqueólogo, o local onde surgiu a cidade esteve abandonado entre os anos 1550 a.C. e 1000 a.C..
Segundo eles, os restos encontrados da muralha pertencem a uma cidade que prosperou na Idade do Bronze, de 2850 a.C. a 1550 a.C. No lugar da atual Jericó (hoje uma cidade sob administração palestina), teriam se desenvolvido dez cidades por quase mil anos.

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