São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997 |
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Chance de aumentar bancada embala a candidatura de Lula
CARLOS EDUARDO ALVES
A ida para o "sacrifício" de Lula tem sido embalada com um argumento político e pragmático: o PT é cada vez mais um partido institucional e, assim, é importante eleger uma bancada maior no Congresso, o que seria facilitado com a candidatura presidencial mais forte do partido, ainda que insuficiente para ganhar de Fernando Henrique Cardoso. Lula, antes da eclosão do caso Cpem, já vinha ensaiando o sim. Nas conversas com líderes de outras legendas de esquerda, percebera que só seu nome seria capaz de construir uma frente com condições mínimas de adesão para combater o chamado "projeto neoliberal"'. Com o escândalo, Lula recuou num primeiro momento, mas agora está cedendo. "Acho que Lula será candidato, mas depende de alianças políticas", declarou José Dirceu, presidente do PT. A chamada "política de alianças" do PT para 98 tem um nó no Rio de Janeiro. É que Leonel Brizola (PDT) exige, em troca da composição nacional e do apoio ao PT no Rio Grande do Sul, que o partido de Lula endosse uma candidatura pedetista à sucessão do governador Marcello Alencar (PSDB). Lula só será candidato se tiver o apoio do brizolismo. A surpreendente vitória do grupo da senadora Benedita da Silva na eleição para o diretório da capital fluminense pode ajudar. Benedita é a petista mais simpática ao PDT e, eventualmente, pode construir um acordo entre as duas agremiações. O PT acredita que a aliança com Brizola vai aumentar a chance de ganhar o governo gaúcho. Francisco Rossi, o pedetista paulista mais conhecido, reuniu-se ontem com Lula. Texto Anterior: FHC prefere fazer campanha em Brasília a subir em palanques Próximo Texto: Brasil vai renunciar a armas nucleares Índice |
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