São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997
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Fim da CPMF já preocupa o governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo terá de encontrar uma nova fonte de receita para financiar a saúde com o fim da CPMF -que acaba no próximo ano. Caso contrário, a saída será propor, mais uma vez, a prorrogação do "imposto do cheque".
A avaliação é do presidente Fernando Henrique Cardoso, que espera não ter que recorrer novamente à CPMF por não considerá-la a melhor alternativa.
O imposto do cheque já está na sua segunda versão. Na primeira, foi criado no governo Itamar Franco com o nome de IPMF. O governo FHC acabou retomando a proposta, rebatizada de CPMF.
A contribuição deve gerar, num período de 12 meses, uma receita próxima de R$ 5,6 bilhões, segundo as estimativas mais recentes.
A atual equipe econômica era contrária a sua prorrogação, por considerá-la um custo a mais para as empresas. Acabou cedendo diante da insistência do então ministro da Saúde Adib Jatene que reivindicava mais recursos para o orçamento de seu ministério.
Hoje, os economistas oficiais já se preocupam com a extinção da CPMF a partir do início de 98. Em entrevista publicada anteontem, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Francisco Lopes, disse que a situação fiscal será "delicada" no próximo ano.
A alternativa à CPMF em estudo no governo é vincular parte da arrecadação da União, Estados e municípios a gastos com a saúde. A equipe econômica, porém, não gosta dessa proposta.

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