São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997 |
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Motoristas não se lembram do rodízio Trânsito preocupa mais do que poluição LUCIANA SCHNEIDER
A Folha entrevistou alguns motoristas, que tem carros com finais de placa 1 e 2, para ver se alguém voltaria para São Paulo na segunda. O engenheiro mecânico Sérgio Giaj-levra, 42, estava indo para Visconde de Mauá (RJ) e disse que retornaria na segunda. O último número da sua placa é 2. Mas, quando a reportagem lhe falou sobre o rodízio, ele afirmou que não se lembrava "desse detalhe". "Nem lembrei. Mas acho que eu ia lembrar durante o final de semana. Agora que você me lembrou vou ter de voltar no domingo (amanhã) à noite. Não quero levar multa. Está difícil ganhar dinheiro hoje em dia." Sérgio explicou que é a favor do rodízio. "Não é nem pela poluição. É mais pelo trânsito que melhora muito." O superintendente de pintura da Volkswagen Edson Bessa da Silva, 32, viajava para Taubaté (134 km a nordeste de SP), onde mora, e contou que vai voltar amanhã, mas não por causa do rodízio. "Para falar a verdade eu nem me lembrava disso. Mesmo porque, na segunda, eu vou trabalhar com esse carro (placa com final 2). A não ser que a firma me dê outro." Já o estudante Jorge Zarur, 19, disse à reportagem que estava indo para São José dos Campos (97 km a nordeste de SP), mas que voltaria excepcionalmente amanhã por causa do rodízio. "Sempre volto para São Paulo, onde estudo, na segunda. Mas como eu já estou sabendo que não posso andar com meu carro (placa com final 1), vou deixá-lo guardadinho na garagem", afirmou Jorge, que também é a favor do rodízio. Texto Anterior: Grávidas e lactantes ficam fora do rodízio Próximo Texto: Fiscais têm medo de represálias de motoristas Índice |
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