São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997 |
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Rodízio feito por Zagallo irrita jogadores da seleção
ALEXANDRE GIMENEZ; ARNALDO RIBEIRO
Com raras exceções, os atletas estão nervosos, inseguros e com medo de errar nos jogos e não estarem nas próximas convocações. Assim se sentem Célio Silva e Djalminha, por exemplo. Depois de perderem as vagas de titulares para Gonçalves e Denílson, os dois não ficaram nem no banco contra a Colômbia. Até os "intocáveis", como Ronaldinho e Romário, têm questionado os critérios de Zagallo. Eles ficaram irritados e inconformados ao serem substituídos. Desde o jogo contra a Noruega, Zagallo testou 21 dos 22 jogadores que fazem parte da delegação. Só o goleiro Carlos Germano não teve sua chance. Na zaga, o treinador oscilou entre Aldair, Márcio Santos, Gonçalves e Célio Silva, sem se contentar com nenhum deles. "Tento não entrar em desespero e ficar pensando na possibilidade de não mais ser chamado para a seleção", disse Célio Silva. "Sei que na seleção, a chance aparece uma vez só. Se não aproveitar, dança", disse Denílson. Djalminha, que perdeu a vaga para Denílson, disse que não entendeu sua saída do time. "Tenho consciência de que não estava mal, mas mesmo assim fui retirado, sem ter uma sequência de jogos. São coisas do futebol." A insegurança atinge até os jogadores mais experientes, como o goleiro Taffarel. "Eu já tenho 90 jogos contabilizados na seleção. Mas sei que isso nada adiantaria se eu vier a falhar amanhã." Alguns sucumbiram pelo abatimento. É o caso de Giovanni, que foi convocado como titular e agora é a terceira opção para o meio. "Claro que sair afeta seu ânimo. Mas precisamos reverter isso para estarmos bem quando tivermos outra chance", disse Mauro Silva, procurando estimular o colega. (ALEXANDRE GIMENEZ) (ARNALDO RIBEIRO) Texto Anterior: Rarará Próximo Texto: Bolívia é a favorita até para a Colômbia Índice |
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