São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997 |
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Sérgio Cabral refaz trajetória pessoal de Pixinguinha
SYLVIA COLOMBO
Entre discografia e fotos históricas, Cabral desfia a história de um dos personagens mais importantes da música brasileira. "A MPB tem dois capítulos, um é Pixinguinha, o outro é Tom Jobim"", disse, em entrevista à Folha. O livro resolve a dúvida quanto ao nascimento do compositor. Enquanto as obras de referência indicam seu ano de nascimento como sendo 1898, Cabral revela a certidão de batismo de Pixinguinha, encontrada por Jacob do Bandolim, que dá conta do nascimento do músico um ano antes. Pixinguinha tocou em grupos e pequenas orquestras, casas noturnas etc. Seu primeiro registro foi com o Choro Carioca, em 1911. Daí segue-se o encontro com os Oito Batutas e as viagens pelo Brasil. Mas foi na década de 40, também tocando saxofone, que Pixinguinha amadureceu a maior contribuição à música brasileira: o contraponto, técnica que faz combinarem e contrastarem duas linhas melódicas diferentes -princípio usado também na música barroca. Mas é o caráter de Pixinguinha que Cabral insiste em adornar. Compila histórias como a dos assaltantes que tentaram roubá-lo e que acabaram sendo convidados a tomar cerveja em sua casa. Mostra um Pixinguinha feliz e calado, que se expressava por meio de sua música e que deixou uma obra vastíssima. "Ainda existe muita coisa inédita com a família", atesta. Livro: Pixinguinha - Vida e Obra Autor: Sérgio Cabral Lançamento: Lumiar Quanto: R$ 25 (283 págs.) Texto Anterior: Festa marca chegada do verão na França Próximo Texto: CD-ROM 'redescobre' o Brasil Índice |
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