São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997
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Grupo teve carreira conturbada

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Depois de amargar perseguições, o coreógrafo Boris Eifman recebe hoje apoio do governo russo para realizar seu trabalho.
"Cerca de 25% de nosso orçamento vem do Estado. O restante é garantido pelas turnês internacionais", afirma Eifman.
"A época soviética foi difícil não só pela escassez de informações sobre o que ocorria no panorama artístico internacional", conta o coreógrafo. "As experiências que realizávamos esbarravam na agressividade do poder."
Muitas vezes proibido de montar seus espetáculos, Eifman não possuía palco nem local para ensaios. "Além de buscar uma nova forma de arte, era preciso lutar pela permanência e solidez. Hoje, posso dizer que o Ballet Teatro de São Petersburgo é uma expressão deste final de século."
Segundo Eifman, seu grupo representa a vanguarda russa. "Dança, para mim, é um meio de expressar o ser humano, suas idéias, fantasias e filosofias. Não faço dança pela dança, num sentido abstrato."
Sem cenários pesados, como é comum nas produções de companhias russas como o Bolshoi, os espetáculos de Eifman valorizam a iluminação como recurso cenográfico.
No conjunto, suas produções fogem realmente à regra do modelo acadêmico. Entretanto, o elenco de Eifman não deixou para trás uma marca da dança russa: o virtuosismo de seus bailarinos.
(AFP)

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