São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Monitoras consideram pagamento "simbólico"

MALU GASPAR
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é só instrução formal o que falta para as voluntárias do "Cantinho". Várias vezes, já chegou a faltar também salário.
"Já houve época em que chegamos a dividir por 11 o salário de uma monitora, de R$ 370. Se fosse preciso, teríamos trabalhado de graça como no começo", afirma a monitora Roneide.
Hoje é a prefeitura quem paga o salário das monitoras, de cerca de R$ 370, que elas consideram "simbólico".
As voluntárias se ressentem da falta de alguém especializado para auxiliá-las e orientá-las no tratamento das crianças.
"Não há profissional com formação universitária que queira trabalhar aqui com o salário que ganhamos. Se houvesse, ele poderia melhorar a reabilitação e a capacidade de integração das crianças" diz Roneide.
As monitoras acham que, com a possibilidade oferecida a elas de cursar uma faculdade, essa necessidade será satisfeita.
"Nosso compromisso com a entidade é aplicar o que aprendermos aqui, e nós vamos cumpri-lo", afirma Roneide.
(MGs)

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