São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Programa atende 105 dependentes no RS

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em Porto Alegre, são trocadas por mês cerca de 750 seringas, como parte da política municipal de controle de doenças sexualmente transmissíveis.
Antes do programa, de cada dez seringas encontradas na rua, oito estavam em valões e esgotos (a água dos esgotos é utilizada para misturar a droga).
Hoje, nas áreas onde o projeto está implantado, praticamente não há seringas nas ruas.
Os UDIs (usuários de drogas injetáveis) atendidos pelo projeto têm em média entre 25 e 40 anos de idade. Há 35 usuários constantes cadastrados e outros 80 que recorrem à troca eventualmente.
A troca efetiva começou no final de outubro. Foram 24 seringas. Em março, o número chegou a 748. O projeto, que tem um custo de US$ 100 mil, deverá ter uma duração mínima de 20 meses e é implementado pela Secretaria Municipal da Saúde.
O programa é desenvolvido em vilas de periferia e encostas dos morros. Nessa fase inicial, a área abrange apenas 20% da total mapeada pelos coordenadores.
A região foi definida a partir do alto número de casos notificados de Aids por uso de droga. O projeto de troca conta com a participação de 16 agentes de saúde e 12 monitores.
Os agentes são pessoas da própria comunidade que se interessam em colaborar com o projeto.
Eles muitas vezes fazem de sua casa um ponto para a troca de seringas, instalando caixas coletoras nas quais o usuário joga o material utilizado e pede uma nova seringa.

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