São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Pete Sampras e Martina Hingis são os favoritos

THALES DE MENEZES
DO ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Os favoritos nunca foram tão favoritos como neste ano em Wimbledon. Pete Sampras e Martina Hingis largam na frente para confirmar sua condição de líderes do ranking mundial.
Na chave masculina, tudo abaixo de Sampras é uma grande incógnita. Há jogadores jovens, de talento comprovado, que ainda não conseguem ter um bom desempenho na grama de Wimbledon, como o chileno Marcelo Ríos, o brasileiro Kuerten e o espanhol Carlos Moyá. Desta turma mais jovem, apenas dois jogadores podem dar um grande salto neste torneio: o australiano Mark Philippoussis, que deve se tornar o maior sacador da história, e o inglês Tim Henman, que só vai fazer feio se ficar impressionado com as inúmeras páginas inteiras que a imprensa britânica lhe dedica.
Entre os veteranos, há sempre a chance de Boris Becker levantar a taça, já que quem ganhou três pode muito bem ganhar a quarta. Quer dizer, se a maldita contusão no pulso não o atrapalhar, como vem acontecendo há um ano e meio.
Nomes como Michel Chang (EUA), Ievgeni Kafelnikov (Rússia) e Andrei Medvedev (Ucrânia) já parecem ter um roteiro definido: jogar bem, ganhar uns três ou quatro jogos e depois sair do caminho dos finalistas.
A maior interrogação sobrou para o holandês Richard Krajicek, campeão do ano passado. Envolto em dúvidas, ele sabe que qualquer deslize agora vai reforçar a tese de que só ganhou no ano passado por um tremendo golpe de sorte.
Na chave feminina, Martina Hingis não deve ser prejudicada pela derrota na final de Roland Garros. Foi o típico tropeço de uma jogadora que já percebeu não ter adversárias a altura e relaxou diante de uma rival mentalmente mais bem preparada.
Esta rival, a croata Iva Majoli, é uma que não deve conseguir repetir o brilho na grama de Wimbledon. Ela só jogou duas vezes no torneio, sendo derrotada na primeira rodada em 94 e 95.
No ano passado, acreditando que repetiria a performance, nem apareceu. Com a projeção dada pelo título na França, seus patrocinadores a obrigaram a jogar.
Completam o topo da chave duas jogadoras que já perderam finais no torneio, ambas para a alemã Steffi Graf: Monica Seles, em 92, e Jana Novotna, no ano seguinte.
Com a ausência de Graf, uma delas pode ocupar o lugar que a alemã teria numa hipotética final contra Hingis. Pelos últimos resultados, a tcheca Novotna leva uma certa vantagem.
A norte-americana Lindsay Davenport, do alto de seu 1,90 m, sabe muito bem que o seu potente saque e o bom jogo de rede valem muito no torneio inglês.
Vinte centímetros mais baixa, a sul-africana Amanda Coetzer vem jogando cada vez melhor e pode justificar a condição de sexta cabeça-de-chave. E, para completar, a holandesa Brenda Schultz, a única mulher que saca perto dos 200 km/h, nunca pode ser considerada fora de combate no torneio em quadra de grama. (TM)

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