São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Caras novas

Caras novas
CIDA SANTOS
As

CIDA SANTOS

As caras novas invadiram a Liga Mundial. E você sabe: em ano que não tem Olimpíada e nem Campeonato Mundial, o tempo é de renovação. No Brasil, que encerrou a participação na fase de classificação com apenas uma derrota em 12 jogos, além da dupla de levantadores Ricardinho e Marcelinho, a maior novidade é Gustavo. Ele é o dono da camisa 12 e o gigante do time com 2,03 m.
Para você ter uma idéia, havia quatro anos, esse gaúcho, de Passo Fundo, ainda jogava em um colégio de sua cidade. Foi em 93 que Gustavo passou na peneira no Banespa e, a partir daí, as coisas começaram a acontecer rápido. Na última temporada, foi vice-campeão brasileiro. Agora, na sua primeira convocação para a seleção, ganhou a posição. Foi titular nos 12 jogos do Brasil.
Das preleções e conversas com o técnico Radamés Lattari, Gustavo, entre outras dicas, tem ouvido que os atletas precisam ler, se informar mais. Seguindo a recomendação, o jogador, aos 21 anos, está curtindo uma nova experiência em sua vida: pela primeira vez está lendo um livro. O escolhido foi "O Xangô de Baker Street", de Jô Soares, uma indicação do atacante Nalbert.
Na quadra, Gustavo e Douglas, no meio da rede, têm introduzido a seleção ao mundo moderno e competitivo do vôlei, que exige jogadores cada vez mais altos e fortes. O maior exemplo está em Cuba. Ela tem dois centrais que são verdadeiros muros na rede: Ihosvani Hernandez, com 2,06 m, e Pavél Pimienta, com 2,08 m.
Os dois gigantes cubanos alcançam uma bola a 3,60 m no ataque e 3,50 m no bloqueio. Quem lembra da final do Mundial de 90, sabe que Cuba perdeu para a Itália pela falta de um bom bloqueio de meio. Agora, os cubanos mostram seu ponto forte nesse setor e aparecem como os favoritos da Liga. Mas sobre a fase final, a gente conversa na próxima semana.

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