São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Culinárias do mundo unem-se no parque

ANTONIO CARLOS DE FARIA
DO ENVIADO ESPECIAL À FLÓRIDA

Há 246 estabelecimentos que oferecem comida em Disney World, sem contar os vendedores ambulantes de hambúrgueres, hot-dogs, pipocas, doces e incríveis pernis, que os norte-americanos devoram pelas ruas com a satisfação de quem está saboreando uma iguaria.
As cozinhas mais variadas do planeta estão presentes no parque. Nessa babel gastronômica, dois lugares se sobressaem pela originalidade de oferecer boa comida com receitas típicas americanas.
O Artist Point é o mais original deles. O restaurante, dirigido pelo mestre-cuca Richard Meachman, 43, apresenta um cardápio que resgata sabores do noroeste americano, mais especificamente dos Estados de Washington e Oregon.
O estilo de cozinha pesquisado e tão bem desempenhado por Meachman resulta da fusão das culturas indígenas desses Estados com a influência européia e dos imigrantes japoneses e chineses.
O resultado são pratos leves, com não mais de quatro temperos por receita. Os destaques são os grelhados, feitos com a técnica japonesa do kamado, a grelha portátil de ferro fundido.
Assim, o salmão do Alasca é servido ao ponto, preservando a umidade e a textura tenra do peixe. O cozinheiro sugere também a carne de búfalo, servida em pequenas fatias um pouco malpassadas.
Como acompanhamento, uma espécie de cuscuz de maçã e uma seleção de legumes levemente cozidos. Os pães feitos no restaurante são servidos com manteiga de maçã e patês variados.
Para completar, a casa aconselha que os pratos sejam apreciados na companhia de vinhos brancos e tintos produzidos também no Oregon e em Washington. A refeição individual completa pode ficar em torno de US$ 38.
A impressão final de uma cozinha refinada é reforçada pelo ambiente do restaurante, que ameniza o estilo rústico do hotel onde ele está instalado, o Disney's Wilderness Lodge. O hotel, construído com uma mistura de rochas, toras e cimento, poderia ser definido como o castelo de Pocahontas.
Outro exemplo de que há boa culinária americana é dado pelo restaurante Flying Fish Cafe, na parte do parque chamada de Boardwalk.
O chefe John State diz que todos os ingredientes usados na casa são cuidadosamente selecionados entre produtos frescos e que não levam mais do que 48 horas para fazer o percurso entre o produtor e a mesa do cliente.
O forte da casa, como sugere o nome, são peixes e frutos do mar, preparados com receitas que privilegiam a individualidade de cada componente. Para acompanhar, o lugar tem uma carta com mais de dez tipos de champanhe e, é claro, vinhos americanos. Os preços dos pratos variam de US$ 18 a US$ 25.
Vale passear por Boardwalk, principalmente à noite. O lugar, recentemente inaugurado, é uma reprodução de uma vila marítima, misturando elementos europeus e norte-americanos.
À beira de um lago, a vila tem até o marulhar artificial de ondas, discretamente emitido pelo sistema de som ao ar livre. Não dá para esquecer que se está no reino da fantasia.

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