São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Militarismo é hereditário

MARISTELA DO VALLE
DA ENVIADA ESPECIAL

O marechal Manuel Deodoro da Fonseca, proclamador e primeiro presidente da República, nasceu em 5 de agosto de 1827 na primeira capital alagoana, que hoje leva o seu nome.
Quando Deodoro tinha 12 anos, seu pai, o major Manuel Mendes, teve de fugir para Sergipe por ter participado de uma revolta popular contra a mudança da capital da Província.
Em 1842, o major mudou-se para o Rio de Janeiro.
No ano seguinte, Deodoro se matriculou na escola Militar da Corte. Mais tarde, participou da Guerra do Paraguai, em 1874, recebeu a medalha do Mérito e foi promovido a brigadeiro do Exército Imperial.
Em 1888, o marechal comandou as tropas que foram deslocadas para a fronteira entre Paraguai e Bolívia, países que haviam rompido relações diplomáticas com o Brasil. Foi demitido do cargo com a formação do gabinete de Ouro Preto.
Deodoro passou a chefiar o movimento republicano e comandou tropas incentivadas pelo boato da prisão do marechal, Benjamin Constant e outros chefes do movimento.
Suas tropas depuseram o ministério de Ouro Preto, prenderam seu presidente e Deodoro proclamou a República, em 15 de novembro de 1889.
Tornou-se presidente em 24 de fevereiro de 1891. Mas, em novembro, Deodoro dissolveu o Congresso, que resistia à nomeação de um ministério com membros do antigo regime.
Por isso, o esquadrão do almirante Custódio de Melo revoltou-se contra o governo e fez o presidente renunciar.
Sete meses depois, o marechal Deodoro, que sofria de arteriosclerose e dispnéia, morreu no Rio de Janeiro.
(MV)

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