São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Praça Vermelha revela cores da capital

FERNANDO CANZIAN
DO ENVIADO ESPECIAL À RÚSSIA

Moscou completa 850 anos neste ano. O aniversário cai no dia 7 de setembro, e, até lá, a cidade receberá uma série de modificações, que vão se juntar às que já vem ocorrendo nos últimos anos.
A cidade surpreende os desavisados. Está bastante internacionalizada e atualizada. Tem praticamente todas as vantagens, e desvantagens, de qualquer grande cidade do mundo.
Mas, embora enorme, com seus 9 milhões de habitantes, Moscou parece um excelente lugar para viver. Tem ruas largas, é completamente arborizada, com uma boa estrutura de transporte, e é cortada por dois grandes rios não poluídos, o Iauza e o Moscou.
Yuri Lujkov, o prefeito, é adorado pelos moscovitas.
Há prédios de vários tipos, mas chamam a atenção -e até chocam- os construídos à época do ditador soviético Josef Stálin (1879-1953). O chamado "estilo stalinista" domina boa parte da paisagem de Moscou, com prédios altos, imponentes e com grandes pórticos. Coisa de megalomaníaco. Infelizmente, ou felizmente, muitos outdoors de produtos japoneses e americanos já começam a cobrir essas fachadas.
Obviamente, a sensação turística da cidade é a região da praça Vermelha, um programa nota 10.
À frente, no final da praça, erguem-se a catedral de São Basílio, com suas cúpulas orientais coloridas e retorcidas, e, atrás, a praça Manege, em reformas pela prefeitura para as comemorações dos 850 anos de Moscou.
O famoso quadrilátero é um programa obrigatório e deve ser repetido. Se for possível, vá de metrô, uma atração subterrânea à parte em Moscou.
A lógica comunista, de "dividir tudo com todos", fez com que o metrô de Moscou se pareça mais com um museu do que com um meio de transporte. Há lustres de cristal, estátuas de bronze e mosaicos pelas estações, como numa galeria de arte.

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