São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 1997 |
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Covas investe R$ 44 mi em publicidade
EMANUEL NERI
A verba representa um crescimento de 189,4% sobre os R$ 15,2 milhões gastos por Covas desde o início de seu governo, em 95. O aumento dessa verba coincide com a praticamente certa decisão do governador de disputar a reeleição. Quando a reeleição foi aprovada, Covas dizia que não seria candidato. Mas tem mudado suas declarações sobre a possibilidade de disputar um segundo mandato. Na semana passada, disse que a decisão final cabe ao seu partido. As verbas publicitárias liberadas por Covas referem-se a gastos com a administração direta, que conta com 23 secretarias. Não incluem despesas semelhantes de estatais, com gastos independentes. As novas verbas fazem parte da ofensiva de Covas na área de comunicação. Integra esse plano a escolha do publicitário Sérgio Reis para o cargo de secretário da Comunicação do governo. Ele deve assumir na próxima semana. Responsável pela criação da antiga campanha "Gente que faz", do Bamerindus, Reis também trabalhou na Secretaria da Comunicação de FHC. Voltou ontem de uma viagem ao exterior e deve se reunir entre hoje e amanhã com o governador. Campanha de porte A publicidade de Covas será administrada pelo consórcio formado pelas agências DPZ e Adag, que ganhou a licitação do governo. Parte do bolo de R$ 44 milhões será destinada exclusivamente à campanha institucional da gestão Covas. Nilce Tranjan, coordenadora de publicidade do governo, disse que só este ano esse gasto ficará em torno de R$ 6 milhões. Esses gastos publicitários poderão aumentar. A legislação permite que o valor inicialmente previsto seja acrescido de até 25%, como ocorreu em 96. Se isso voltar a ocorrer, a verba pula de R$ 44 milhões para R$ 55 milhões até 98. Bandeira paulista Embora ainda dependa da palavra final no novo secretário da Comunicação, a campanha de Covas já está definida. "Erguendo a bandeira de São Paulo" é o seu slogan. Aparecerá tanto em anúncios de secretarias como na campanha institucional do governo. Arredio a publicidade, Covas acabou cedendo ao apelo do marketing em seu governo. O motivo são os baixos índices de aprovação de sua gestão. Segundo o Datafolha, a popularidade do governador vem caindo desde sua posse. Em dezembro de 95, Covas tinha 37% de ótimo/bom, 40% de regular e 20% de ruim/péssimo. Um ano depois, o Datafolha registrou 31% de ótimo/bom, 41% de regular e 24% de ruim/péssimo. Em maio passado, o índice de ótimo/bom de Covas caiu para 27%, o de regular foi de 42%, e o de ruim/péssimo subiu para 28%. Texto Anterior: Juiz veta transmissão de depoimentos em telão Próximo Texto: Governo afirma prestar contas Índice |
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