São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 1997
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Xangai sonha com a volta do glamour

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Se Pequim simboliza o desejo de copiar Hong Kong, Xangai personifica a cidade chinesa que enxerga um rival no território encravado no sul da China. Autoridades xangaienses não escondem o plano e o sonho de ultrapassar Hong Kong como principal centro financeiro do país.
Xangai quer recuperar o glamour dos tempos pré-revolução comunista de 1949. Naqueles anos, a cidade era conhecida como a "Paris do Oriente" e, além de uma vida cultural intensa, abrigava um dos principais centros financeiros da Ásia.
A cidade embala um projeto de se tornar o principal centro financeiro da China até o fim do século e um centro de importância global em 2010. O ambicioso plano de ultrapassar Hong Kong, entretanto, apresenta poucas chances de sucesso.
Hong Kong levou décadas para amadurecer seu capitalismo. Hoje, o território concentra mais de 180 bancos internacionais e uma vigorosa Bolsa de Valores.
Xangai não tem um sistema judiciário independente, os telefones celulares funcionam de forma precária e a burocracia comunista impede avanço acelerado das reformas capitalistas.
Esses são apenas alguns dos obstáculos que colocam Xangai distante de realizar o sonho de ultrapassar Hong Kong.
(JS)

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