São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 1997
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Marginal é ponto fraco da operação

ROGERIO SCHLEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

As marginais Tietê e Pinheiros são, por enquanto, o ponto fraco do rodízio 97. Caminhões que desrespeitam a operação e circulam por elas não são multados e bastou intensificar a fiscalização móvel nessas vias para aumentar o número de autuações em carros.
"É o calcanhar-de-aquiles da operação, mas estamos calçando uma meia nele", afirma Alfred Szwarc, diretor da Cetesb (agência ambiental paulista).
Ontem, a Secretaria do Meio Ambiente divulgou o número de multas no segundo dia do rodízio. As autuações cresceram de 5.266, na segunda, para 8.123 na terça.
O melhor desempenho da fiscalização se deveu basicamente a dois fatores, segundo os organizadores do programa: maior treino dos fiscais em geral e intensificação do controle nas marginais.
"Com base no que constatamos na segunda-feira, alteramos as rotas de nossos carros multadores, que agora passam com maior frequência nas marginais", explicou.
Há 20 automóveis com fiscais que rodam pela cidade, especialmente em vias secundárias. Nenhum deles roda todo o tempo nas marginais, mas seu roteiro, fixo, passou a incluir passagem mais frequente por trechos das marginais. A Operação Rodízio não divulgou o número de multas feitas pela fiscalização móvel.
O diretor da Cetesb admitiu ontem que nenhum caminhão infrator foi autuado nas vias que ladeiam os rios Tietê e Pinheiros.
Só estão liberados do rodízio os veículos de carga que passem por ali e tenham origem e destino fora da área abrangida pela operação. Os demais podem ser multados.
Para verificar origem e destino das mercadorias é preciso parar os caminhões, o que ainda não foi feito pela fiscalização do rodízio.
"É complicado. Precisamos da ajuda do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) para montar comandos e temos que ter o cuidado de não atrapalhar o trânsito", disse Szwarc. Isso deve deve ser feito na próxima semana.
Obediência em alta
A obediência ao rodízio cresceu ontem. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, foi de 96,6% entre os carros -índice maior que o registrado em todas as quartas-feiras do rodízio de 96 e a segunda melhor marca dos dois anos.
Entre os caminhões, a obediência ficou em 81,4%, o que representa estabilização do respeito à operação. No primeiro dia, o índice tinha sido de 53,8% e, no segundo, de 81,3%.

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