São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 1997
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Banco Mundial quer "Estado eficiente"

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O Banco Mundial (Bird), uma das instituições que comandaram a ofensiva internacional contra a ingerência do Estado na economia, agora diz que um "Estado eficiente" é fundamental para o sucesso econômico e, sem ele, o desenvolvimento é impossível.
"Muitos acharam que o ponto final lógico da crítica que se fez à ação estatal seria um Estado minimalista. Um Estado assim não faria mal a ninguém. Mas também faria muito pouco bem", disse o presidente do Banco, James Wolfensohn, ao apresentar ontem o relatório anual sobre desenvolvimento, intitulado em 1997 "O Estado no Mundo em Mudança".
O "Estado eficiente", segundo o Bird, deve: manter um ambiente político macroeconômico saudável, investir em serviços sociais básicos e em infra-estrutura, prover segurança para os membros vulneráveis da sociedade, proteger o ambiente e estabelecer e fazer respeitar instrumentos legais justos.
Em outro discurso, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Wolfensohn disse que os problemas ambientais ameaçam o desenvolvimento econômico das nações mais pobres do mundo. Diante da assembléia geral da ONU que examina o estado da ecologia no mundo cinco anos após a cúpula do Rio, Wolfensohn pediu medidas internacionais para garantir aos países pobres a chance de se desenvolverem sem que a poluição aumente.
O presidente do Bird se queixou dos países industrializados de não terem pago as quantias prometidas para o Bird formar um fundo para o ambiente.

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