São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 1997 |
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Volks perde mercado para concorrentes
ARTHUR PEREIRA FILHO
No mês passado, a montadora foi responsável por 31,5% dos 161.905 automóveis e comerciais leves (picapes e vans) comercializados pelas concessionárias. O desempenho garantiu a liderança. A Fiat, segunda colocada, ficou com 27,4% do mercado. Mas, na comparação com janeiro deste ano -quando a marca atingiu 39,3% das vendas no varejo-, a fatia da Volks encolheu quase oito pontos percentuais. A montadora está perdendo espaço para os demais fabricantes mês a mês: em fevereiro ficou com 35,8% do mercado. Em março, caiu para 33,1% e, em abril, nova queda: 32,8%. As vendas da Volkswagen, é verdade, continuam crescendo. Mas em ritmo menor do que o da maior parte dos concorrentes. Maior beneficiado Quem saiu ganhando nos primeiros cinco meses do ano foi a Ford, quarta do ranking entre as montadoras. Em janeiro, a fábrica tinha apenas 11% do mercado interno. No mês passado, a fatia da montadora cresceu para 14,5%. A Ford, que chegou em 1987 a vender 22% dos carros comercializados no Brasil, viu o mercado encolher para 9% em 95, após a dissolução da Autolatina (holding Ford-Volkswagen). Este ano, com o lançamento do Ka, do novo Escort e do aumento de produção do Fiesta, a marca começou a ganhar consumidores. A posição da Fiat (em torno de 27,4%) se manteve estável. Mas com a queda da Volks fica a apenas quatro pontos percentuais da líder. A General Motors permanece em terceiro lugar, na faixa de 21% das vendas. Também ganharam mercado às custas da Volkswagen os carros importados pelas marcas sem fábricas instaladas no país (5,8% das vendas em maio). Procurada pela Folha, a Volkswagen preferiu não comentar os números. Segundo a assessoria de imprensa, o diretor que falaria sobre o assunto não estava disponível ontem à tarde; Para os concessionários da marca, existem pelo menos três razões que podem explicar a perda de parcela de consumidores para os concorrentes: a) os carros da Volkswagen, dizem, são mais caros que os similares oferecidos pelos outros fabricantes; b) a linha de produtos da montadora está desatualizada na comparação com os concorrentes; c) a fábrica insiste em entregar à rede de revendas modelos que os consumidores não querem comprar, o que provoca alta dos estoques e prejuízo para o revendedor. Texto Anterior: UE nega discussão sobre frango na OMC Próximo Texto: Scania anuncia fabricação de ônibus a álcool ainda neste ano Índice |
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