São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 1997
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Promotor investiga vida sexual de Clinton

Starr também apura Whitewater

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O promotor independente do caso Whitewater está investigando também a vida sexual do presidente dos EUA, Bill Clinton, na década de 80, quando ele era governador de Arkansas, sul do país.
A informação, manchete de ontem de "The Washington Post" (um dos cinco jornais mais influentes do país), foi confirmada por um policial de Arkansas.
Roger Perry declarou à rede CNN de televisão que investigadores a serviço do promotor Kenneth Starr o interrogaram a respeito de diversas mulheres que supostamente tiveram casos com Clinton. "Eles até me perguntaram se eu tinha visto Bill Clinton praticando sexo. Tudo que eles queriam saber tinha a ver com mulheres", afirmou o policial.
Segundo Paula Jones, que está processando Clinton por assédio sexual, o então governador usava policiais estaduais para armar os seus encontros extra-conjugais.
O advogado particular de Clinton, William Bennnett, disse que Starr "abusou do poder". Líderes do Partido Democrata, do governo, pediram a demissão de Starr e a intervenção da secretária da Justiça, Janet Reno, para limitar a atividade do promotor independente. O porta-voz de Clinton, Mike McCurry, não comentou o caso.
Promotores independentes, nomeados para investigar acusações criminais contra integrantes do primeiro escalão do governo federal ou pessoas ligadas a eles, não podem ser demitidos pelo Executivo. Starr vem investigando o caso Whitewater desde agosto de 1994.
Ele examina os negócios financeiros do casal Clinton na década de 80 e possível tentativa de obstrução da justiça na apuração de eventuais ilegalidades. Starr já obteve a condenação de 12 pessoas, inclusive os dois ex-sócios do casal Clinton, o governador de Arkansas que sucedeu a Clinton no cargo e o ex-subsecretário da Justiça e ex-sócio de Hillary Clinton, Webster Hubell. Mas ele ainda não acusou nem Bill nem Hillary Clinton de qualquer crime.

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