São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997
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Provão fará teste de impressões digitais

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

O MEC (Ministério da Educação) vai usar, pela primeira vez, um teste de impressão digital para evitar fraude no provão.
Um novo tipo de identificação de impressões será usado em metade dos formandos inscritos (cerca de 49 mil alunos) para o exame.
Os universitários terão seus polegares direitos borrados com uma tinta preta especial, que, após pressionada na ficha do candidato, não deixa resíduos no dedo.
A nova substância foi desenvolvida pela Impress -Impressões Digitais, que fechou contrato com a Fundação Carlos Chagas- encarregada de organizar o provão para a metade dos formandos.
Por isso, em caso de suspeita de fraude envolvendo essa parcela de formandos, será possível checar se o candidato que fez a prova realmente estava inscrito no MEC.
"Há muitos boatos de fraude e, por isso, a fundação resolveu nos contratar", diz Silvio Perissinotti, diretor da Impress.
O teste de "autenticação de digitais" da Impress foi criado em 1995 e, segundo Perissinotti, trata-se de uma fórmula secreta que permite que a tinta não manche o dedo do candidato.
Desde a criação, o teste já foi usado em vestibulares na UnB (Universidade de Brasília), UFPR (Universidade Federal do Paraná), Fundação Oswaldo Aranha etc.
No primeiro provão do MEC, no dia 10 de novembro passado, o exame de digitais chegou a ser usado, mas apenas como um teste.
Os universitários que terão as impressões do polegar direito arquivadas são formandos dos cursos de direito, veterinária e odontologia de todo o país.
"Caso ocorra qualquer dúvida em relação à identidade do candidato, poderemos checar o arquivo a qualquer momento", afirma Perissinotti.

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