São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997
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Provocações marcam véspera da decisão entre Inter e Grêmio

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

As acusações mútuas, provocações e demonstrações de rivalidade entre Grêmio e Internacional voltaram à tona às vésperas do primeiro jogo decisivo do Campeonato Gaúcho.
O Rio Grande do Sul tem isso como uma tradição desde o dia 4 de abril de 1909, quando uma dissidência do Grêmio formou o Internacional e o desafiou para um jogo. O Grêmio, criado em 15 de setembro de 1903, venceu por 10 a 0.
Se em 1996, com a decisão do Campeonato Gaúcho ficando entre Grêmio e Juventude, essa rivalidade sumiu do mapa gaúcho, em 1997 ela voltou com força.
Antidoping
Bastou o Grêmio pedir para a Federação Gaúcha de Futebol a realização de exames antidoping nas finais -cujo primeiro jogo está marcado para este domingo-, para o Inter reagir, dizendo que o atual bicampeão gaúcho estava fazendo insinuações.
Em 1991, o Inter foi campeão gaúcho e, depois do jogo, a diretoria não permitiu que os jogadores Simão e Célio Silva fizessem a coleta para o exame. O Grêmio protestou na ocasião e continuou reclamando por muito tempo. O novo pedido, seis anos depois, tem sua origem nesse episódio.
"Eles podem escolher o juiz, eu quero antidoping", disse o presidente do Grêmio, Luís Carlos Silveira Martins.
"O Cacalo (Silveira Martins) é um provocador. Aceitamos o antidoping. Essa provocação será o verdadeiro doping do nosso time", respondeu o diretor de futebol do Inter, Fernando Carvalho.
O Grêmio aproveita a semana de descanso para se recuperar do cansaço e das lesões. Segundo o preparador físico Francisco Gonzalez, os jogadores estão "com estresse físico e emocional", devido ao acúmulo de competições.

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