São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997
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Um cineasta com estilo

DA REDAÇÃO

A estranha e contínua rejeição aos filmes do português Manoel de Oliveira talvez venha um pouco da língua (o português de Portugal), um pouco da nossa descrença atávica pelos nossos colonizadores.
Mas "O Convento" (Telecine, 19h), uma versão contemporânea da lenda do "Fausto", à qual Oliveira junta outras camadas de tempo e mito (o do próprio convento, o de Helena de Tróia), é uma boa oportunidade para constatar que o fundo dessa rejeição está em outra parte.
O pecado de Oliveira talvez seja mesmo o de não amolecer, de não ceder ao "fast food". Como sempre, nesses casos não falta quem encontre "defeitos" em seus filmes. Mas o que é defeito? Um estilo. Ou, como diria Godard, um lugar para depositar a alma.

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