São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997
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Governador mantém esperança

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS (SC)

O governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira (PMDB), disse ontem que a decisão do PFL de obrigar seus deputados estaduais a votarem a favor de seu impeachment não significa que o governo estadual não possa ser bem-sucedido na votação de segunda-feira.
Ele afirmou que o voto, nesse caso, não pode ser vinculado a uma posição anterior.
Na opinião de Paulo Afonso, como a decisão do impeachment será em nível de "julgamento", transformando o deputado em uma "espécie de magistrado", o voto não pode ser "jungido".
O verbo "jungir" significa ligar por jugo, unir ou atar, de acordo com o dicionário "Aurélio".
O governador disse que os juízes, nos tribunais, "agem na plenitude", sem estar vinculados a nenhuma decisão.
"Não posso imaginar que alguém vá para uma decisão em que deve atuar como magistrado tendo de obedecer a um tipo de orientação partidária ou de algum órgão estranho ao próprio parlamento", declarou o governador.
Ele afirmou ainda que espera ter mais que os 14 votos necessários para barrar o impeachment na próxima segunda-feira.
É quando a Assembléia decide se afasta o governador por 180 dias a fim de processá-lo e, se for considerado culpado, afastado definitivamente de seu cargo devido à emissão irregular de títulos públicos. Seu partido, o PMDB, possui 11 deputados estaduais.

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