São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para advogado, "visão é distorcida"

DA SUCURSAL DO RIO

O BC (Banco Central) informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que não comentaria as acusações da Procuradoria da República no processo que corre na 4ª Vara Federal de Brasília.
A principal acusação é que o BC pagou 15% do valor da compra de títulos do FCVS, dados como garantia pelo Nacional. A postura do BC é não falar a respeito de ações sobre as quais o departamento jurídico da autarquia ainda não se manifestou em juízo.
Os advogados do BC estão, segundo a assessoria, em processo de preparação da defesa.
Como o processo está em primeira instância, não houve julgamento, os acusados não foram todos citados e não terminou o prazo de defesa, o BC não faria qualquer comentário.
Magalhães Pinto
O advogado Marcelo Fontes, contratado pela família Magalhães Pinto, disse que os procuradores da República "têm uma visão distorcida, não têm uma visão do todo".
Ele disse não ver favorecimento aos sócios do Banco Nacional na decretação do Raet.
"A família não entende como favorecimento porque se viu despojada de todo o seu patrimônio de uma hora para outra", disse Fontes.
Segundo Fontes, o último ato de Marcos Magalhães Pinto à frente do Nacional foi o pedido de decretação de Raet.
"Depois daquele sábado, passou a não ser mais dono de nada", declarou.
O advogado afirmou que os administradores do Banco Nacional não sabem em que condições foram passados os ativos e passivos do banco para o Unibanco, pois isso ocorreu já sob a administração do Raet do Banco Central.
Fontes defendeu o Proer, afirmando que "é mais barato solucionar com o Proer (a crise dos bancos) do que deixar todo o sistema quebrar".

Texto Anterior: Ação acusa BC de beneficiar o Nacional
Próximo Texto: Governo usou BB e CEF em ajuda a banco, dizem os procuradores
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.