São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997![]() |
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Extinção do Proer deve ser anunciada
VIVALDO DE SOUSA
A Folha apurou que o governo considera desnecessário manter o programa porque não há grandes problemas no mercado financeiro. Isto é, depois da intervenção no Bamerindus, não há mais nenhum grande banco em dificuldade. A proposta de acabar com o Proer foi apresentada pelo Banco Central ao ministro Pedro Malan (Fazenda). Ainda não há uma decisão, mas a tendência do governo é extinguir o programa neste mês. O Proer foi criado para permitir ao BC emprestar recursos para que instituições financeiras saudáveis comprassem outras em dificuldades. O BC já autorizou o empréstimo de R$ 20,745 bilhões. Diante das diversas críticas feitas ao programa, a equipe econômica defende o Proer, argumentando que o custo do programa é baixo se comparado ao que outros países gastaram com os ajustes dos seus sistemas financeiros. O país estima ter gasto 3,8% do PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas no país em um ano) -essa estimativa inclui, além do Proer, os R$ 6,9 bilhões injetados no Banco do Brasil. Segundo o governo, na Argentina o custo foi de 13% do PIB; no Chile, de 19,6%; na Venezuela, de 13%; e nos EUA, de 5,1%. Risco de mercado O fim do Proer também vai devolver ao mercado o risco das operações feitas pelos seus participantes. Ao BC caberia apenas manter as linhas de assistência financeira, mas agora sem subsídios. Oficialmente, o governo nega que o Proer terá algum custo. Internamente, porém, a estimativa é de um custo de R$ 1 bilhão até março -excluído o empréstimo para venda do Bamerindus. O valor corresponde à diferença entre a taxa média dos títulos públicos federais (Selic) no período e o custo dos empréstimos feitos aos bancos que já utilizaram recursos do programa na compra de outras instituições. Texto Anterior: MP seria um indício de favorecimento Próximo Texto: Entenda o Proer Índice |
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