São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997 |
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Painéis de SP trazem dados errados
MARCOS PIVETTA
Desde março, a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) rescindiu o contrato e parou de fornecer as informações à Prosinal Propaganda e Sinalização, empresa dona dos painéis. Mesmo sem atualizar os dados dos painéis, a empresa continuou mantendo-os ligados. Até hoje, os painéis ostentam as marcas e os logotipos da Cetesb e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, embora esses órgãos não tenham mais ligação com o serviço. A Cetesb já pediu que a empresa retire os nomes e marcas da companhia e da secretaria. Um dos donos da Prosinal reconheceu o erro de ter mantido dados errados em seus placares. "Foi uma falha nossa. Pecamos por omissão", disse Adauto Rochetto, sócio da Prosinal, que ganha dinheiro vendendo publicidade nos painéis. Segundo Rochetto, a empresa não vai mais veicular dados sobre qualidade do ar nos painéis. A diretoria da Cetesb também negou ter sido omissa sobre o problema nos últimos três meses. Nesse período, a Cetesb já sabia que a Prosinal estava divulgando informações incorretas, mas só denunciou o caso agora. "Talvez tenhamos dado uma 'cochilada', mas não nos omitimos", disse Alfred Szwarc, diretor da Cetesb. Nos próximos dias, a Cetesb vai publicar o edital de licitação de uma concorrência pública para instalação de cem novos placares eletrônicos na Grande São Paulo, com tecnologia mais moderna que a da Prosinal. Segundo Szwarc, a Cetesb vai cobrar pelos dados que forem usados pela empresa vencedora da concorrência. A Prosinal não pagava pelos dados da Cetesb. "Acho justo a Cetesb cobrar de uma empresa privada que tem lucros com o trabalho de uma companhia pública", disse. Texto Anterior: Trânsito fica abaixo do normal Próximo Texto: Crianças recebem coquetel anti-Aids Índice |
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