São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997 |
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ONU lança campanha contra Aids infantil
MAURO TAGLIAFERRI
O número corresponde a 12,9% do total de infectados no ano passado. Dessas crianças, 90% contraíram o vírus de suas mães, na gestação, parto ou amamentação. Desde o início da epidemia, conforme os dados da ONU, 2 milhões de crianças nasceram com o vírus da Aids, contaminadas por suas mães. Nesse período, estima-se que 9 milhões de crianças perderam suas mães, mortas em virtude da síndrome que ataca o sistema imunológico do ser humano. "Não se tem dado atenção suficiente ao desastroso impacto da Aids sobre as crianças. Se a propagação do HIV não for contida rapidamente, os ganhos já obtidos na redução da mortalidade infantil serão revertidos em muitos países", declarou o diretor-executivo do UNAIDS, Peter Piot. Calcula-se que, no ano 2010, a Aids poderá ser responsável por um aumento de 75% na mortalidade infantil em geral, nas nações mais atingidas pela epidemia. Nesse caso, as crianças dos países pobres sofrem mais. Com menos recursos disponíveis para tratar a doença, elas morrem mais cedo. Atualmente, na Europa, mais de 20% das crianças infectadas sobrevivem até os dez anos. Já em Zâmbia (África), metade das crianças HIV-positivas morre antes de chegar aos dois anos. Outra preocupação da ONU no contágio da Aids é a prostituição infantil e os casos de abuso sexual. A organização acredita que a Aids fez aumentar a demanda por adolescentes no comércio de sexo. A ONU ignora quantas crianças prostituídas há no mundo, mas estima que esse número aumente em 1 milhão delas ao ano. Com agências internacionais Texto Anterior: Os números da Aids no mundo Próximo Texto: Fura-fila vai ser testado em autódromo Índice |
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