São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997 |
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Alunos da Uni-Rio rejeitam o boicote
RONI LIMA
Orientados pelo Diretório Acadêmico Afonso Arinos, os estudantes querem levantar a imagem da faculdade de direito -que levou o conceito D no último provão- e tentar provar que o curso da Uni-Rio, em Botafogo (zona sul), é de boa qualidade. Segundo um dos coordenadores do diretório, Thiago Bottino do Amaral, 20, a faculdade de direito ficou com a imagem arranhada porque muitos alunos acabaram não fazendo o provão ou entregaram os exames em branco. No ano passado, muitos boicotaram o provão devido à campanha do diretório contra o exame do MEC. Dos 30 formandos de então, 14 fizeram o provão. Destes, cinco entregaram a prova em branco. Agora, apesar de continuar com críticas em relação ao provão, os 42 formandos querem mostrar que podem fazer um bom exame. "No ano passado, houve um boicote expressivo e acabamos prejudicados", diz Claudio Pereira de Souza Neto, 25. Souza Neto coordenava o diretório no ano passado. Agora, está se formando e reconhece que a tática de boicotar o provão foi prejudicial para a imagem da Uni-Rio e, por tabela, de seus formandos. Segundo ele, os outros cursos de direito das universidades públicas não aderiram em massa ao boicote. Assim, o curso de direito da Uni-Rio ficou com a imagem de ser pior do que os outros. Sem contar com cursos de engenharia civil e administração, a Uni-Rio só teve formandos de direito fazendo o provão. "Apesar de o diretório continuar contra o provão, por não ser uma forma adequada de avaliação, nosso curso não tem condições de persistir no boicote", afirma Souza Neto. A decisão foi festejada pelo reitor da Uni-Rio, Hans Dohmann, 64. "Só posso elogiar a atitude dos alunos." Ele defendeu o provão, desde que acompanhado de outras iniciativas do MEC. Texto Anterior: Grupo treina com prova de 96 Próximo Texto: Teste vai influenciar mercado de trabalho Índice |
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