São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997
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Distribuição de shoppings é 'democrática'

DA REPORTAGEM LOCAL

Os shopping centers estão distribuídos de forma homogênea em São Paulo. Os distritos com maior concentração desses estabelecimentos abrigam três empreendimentos. No total, são 28 shoppings espalhados pela cidade.
Pinheiros (zona sudoeste) também é líder nesse quesito, ao lado de Santo Amaro (zona sul), ambos têm três shoppings.
Como em geral o shopping center é um forte pólo de atração, toda a região acaba sofrendo alterações.
A vizinhança imediata, da mesma rua, tende a se tornar toda de imóveis comerciais -lojas ou escritórios que "pegam carona" no aumento do movimento.
O Iguatemi é uma exceção. A Lei de Zoneamento manteve seu entorno com características residenciais, por sinal uma das mais caras de São Paulo: R$ 3.200 o m2.
Os moradores das proximidades, por sua vez, usufruem das facilidades de compra e de lazer que o centro de compras oferece.
"Os shoppings centralizam atividades e podem acomodar o aumento de movimento na região", diz Walter Lafemina, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato de imobiliárias e construtoras).
Para o consultor imobiliário Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, o morador das proximidades sofre apenas nas datas comemorativas, como Natal e Dia das Mães.
"Mas, nesse caso, o tráfego da cidade inteira se altera. Shoppings são uma benção para a região 320 dias por ano", afirma.
Ribeiro diz que o "fator shopping center" é apenas uma das variáveis que entram na valorização de um imóvel. "Sozinho, o local não valoriza. É preciso que a região tenha boa infra-estrutura e prestígio."
Para Lafemina, a valorização dos imóveis residenciais em decorrência de um shopping center na vizinhança pode chegar a até 20%.

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