São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997 |
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Pesquisadores testam drogas contra a gripe
JOSÉ REIS
Isso revela o interesse dos especialistas pela gripe, que, em 1918, matou de 20 milhões a 40 milhões de pessoas em todo o mundo e continua matando em focos endêmicos. Não deve, porém, o empenho relativo às drogas curativas desviar a atenção pelas vacinas, tão necessárias como preventivos nos programas de saúde pública. Ambos os terrenos merecem maior interesse. A primeira droga foi desenvolvida na Austrália e no Reino Unido em 1993 e encontra-se atualmente em ensaios clínicos feitos pela Glaxo Wellcome. Recebeu o nome de zanamivir e tem a peculiaridade de só ser ministrada por meio de spray das fossas nasais ou em gotas, ou ainda mediante inalador, pois não é absorvida através do trato intestinal. Não apresenta efeitos colaterais. Esperam os dirigentes da Glaxo iniciar aplicações clínicas no fim do ano. A segunda droga foi descrita quanto à síntese e às propriedades na revista da Sociedade Química Americana de 29 de janeiro. Ela foi produzida para ser tomada em pílulas e não foi fácil a passagem da forma spray para essa outra forma. O desenvolvimento da nova droga foi realizado pela Gilead Sciences, em Foster City, Califórnia, em conjunto com pesquisadores da Universidade Nacional Australiana, em Camberra, e da Universidade da Califórnia em Berkeley. A capacidade fundamental da droga reside em bloquear a atividade de uma enzima viral chamada neuraminidase. Ela desempenha papel vital na disseminação das partículas do vírus entre as células dos tratos nasal e respiratório, permitindo que as novas partículas virais saiam da célula infectada. A ação da droga pode se manifestar em muitas amostras diferentes do vírus da gripe ou influenza, principalmente dos subtipos A e B. A droga está sendo provisoriamente chamada GS4104. Texto Anterior: Valores são estimados em leilões Próximo Texto: AIDS; CERRADO Índice |
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