São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997
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Valores são estimados em leilões

DA REPORTAGEM LOCAL

A USP não possui estimativa do valor de suas obras raras e antigas, segundo o Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da universidade, que se atém à importância acadêmica do acervo. No entanto, é possível avaliar essas obras com base nos resultados de leilões.
Uma edição de "De Humani Corporis Fabrica", de Vesalius, de 1543, chegou a ser leiloada por cerca de R$ 65 mil. "Theatrum Orbis Terrarum", de Ortelius, de 1575, foi avaliada em aproximadamente R$ 80 mil. "Flora Brasiliensis", de Martius, de 1840, em cerca de R$ 20 mil. "Reise in Brasilien", de Spix e Martius, de 1823, em R$ 6.500. Essas estimativas foram feitas com base na publicação "Book Auction Records", editada a cada dois anos pela Dawson Publishing, de Londres, que reúne dados de leilões em diversos países.
Segundo o livreiro e antiquário Pedro Corrêa do Lago, o fator que mais interfere na avaliação do valor de um exemplar de uma obra rara ou antiga é a demanda. "Existem livros muito raros, mas que praticamente não têm procura e, por isso, têm um valor menor que o de obras menos raras, que têm grande demanda", diz o livreiro. Outro fator importante para esse tipo de estimativa é o estado de conservação do livro.
A USP já está dando os passos iniciais para ter informações sobre o estado de conservação e outros dados sobre seus livros. Em julho, a universidade lançará na Bienal do Livro do Rio de Janeiro o inventário das 256 obras dos séculos 15 e 16 de seu acervo, com 256 títulos, segundo Rosaly Favero Krzyzanowsi, diretora do Sibi. No ano que vem, a universidade pretende lançar outro CD-ROM, com 1.544 obras do século 17.

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