São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Questões de direito preparam para OAB

DA REPORTAGEM LOCAL

A prova de direito foi considerada de nível médio e bem-feita por um juiz e dois advogados ouvidos ontem pela Folha. Os três são professores do CPC (Curso Preparatório para Concurso).
Na opinião dos três, houve tempo suficiente para consultar os livros e resolver as 40 questões de múltipla escolha, além de discursar sobre quatro temas.
Segundo o juiz de direito Flávio Augusto Monteiro de Barros, o provão tem o mesmo nível da prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Para o advogado Sólon de Almeida Cunha, a prova avalia bem o aluno. "Quem passar estará apto para trabalhar no campo profissional. Não havia questões teóricas, mas práticas -o que é muito mais importante para um futuro advogado."
"No caso das questões de processo e processo penal, o aluno que não gosta muito dessa área podia resolver tranquilamente. Era só raciocinar penalmente que conseguiria responder com êxito."
As quatro questões de processo civil foram a única ressalva feita pelo advogado Cunha. "Achei que foram poucas questões nessa área. É impossível exercer o direito sem conhecer o processo civil."
Para os alunos de direito que faziam prova na EEPSG Prudente de Morais (região central de São Paulo), o provão foi considerado de nível médio. Andrea Arbex, 25, que faz o curso na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), achou que a prova não media o conhecimento do aluno.
"Algumas questões estavam até um pouco complicadas. Não eram questões objetivas."
Na opinião de André Luís Rodrigues, 22, "a prova estava mais ou menos". Ele disse que as perguntas abrangiam a matéria de "uma maneira geral". "Acho que tem de fazer avaliação das faculdades. Tem muita porcaria por aí", afirmou André, estudante de direito da Unip, que ficou com nota C no provão do ano passado.

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