São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Para MEC, abstenção não passou de 5,5%

BETINA BERNARDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Educação avaliou ontem que a realização do provão foi tranquila em todo o país, apesar dos tumultos ocorridos no Rio e em Belo Horizonte.
Segundo o MEC, 855 alunos (balanço até as 12h de ontem) fizeram o exame amparados por liminares judiciais. Esse número se soma ao total de 92.982 graduandos que foram inscritos por suas instituições.
"A prova transcorreu dentro da normalidade esperada e os incidentes foram pontuais", disse Maria Helena Guimarães de Castro, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
O ministério estimou que entre 5% e 5,5% dos formandos inscritos não compareceram às provas. Em São Paulo, números preliminares mostram que a presença foi de 98% do total de inscritos.
Na mesma cidade, a presença de formandos de odontologia foi estimada em 99,2%, e a dos alunos de direito, 93,9%.
Segundo Jocimar Archangelo, diretor de Avaliação do Ensino Superior do MEC, as ausências registradas se devem ao fato de que as instituições terem inscrito todos os estudantes que estão em condições de se formar.
Aqueles que consideram que não vão conseguir fazer todas as disciplinas acabam não comparecendo ao provão, pois percebem que não vão se formar.
Em relação a alunos que entregaram as provas em branco, o boicote defendido pela UNE (União Nacional dos Estudantes), o ministério não divulgou uma estimativa global, mas afirmou que foi menor do que no ano passado, quando 3,8% dos graduandos entregaram as provas em branco.
A única estimativa que o ministério liberou se refere aos alunos de administração. Segundo o MEC, 2,5% deles entregaram as provas em branco.
Tumultos
A presidente do Inep informou que alunos que eventualmente tenham sido impedidos de fazer a prova por causa de tumultos não devem ficar sem diploma.
"A intenção do MEC não é prejudicar os formandos. Aqueles que tiverem assinado a lista de presença e comprovarem que foram impedidos de realizar o exame receberão o diploma, a exemplo do que aconteceu no ano passado."
Segundo Maria Helena, os alunos que se sentirem prejudicados poderão recorrer à Justiça e as decisões serão respeitadas.
O serviço Fala Brasil do ministério, que tirava dúvidas sobre o provão, recebeu 138 telefonemas, a maioria de pessoas perguntando sobre o local da prova.
Novos cursos
Hoje, o ministério deve divulgar quais cursos serão incluídos no provão do ano que vem.
A princípio, além dos seis deste ano (administração, direito, odontologia, veterinária e engenharias química e civil), devem entrar jornalismo e medicina.
O ministério quer incluir outros dois além desses, e entre as possibilidades em estudo estão economia, pedagogia e engenharia elétrica.

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