São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Prova de veterinária é considerada fácil

DA REPORTAGEM LOCAL

A prova de veterinária foi considerada fácil e bem-formulada por seis professores universitários consultados pela Folha.
"Qualquer aluno bem preparado responderia facilmente as 40 questões da parte de múltipla escolha e as cinco da parte discursiva", afirma Carlos Eduardo Larsson, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária da USP (Universidade de São Paulo).
Com ele concordam os doutores em veterinária Enrico Lippi Ortollani, Solange Maria Germani, ambos da USP, e Rui Carlos Vincenzi, Zohair Saliem Sayegh e Emílio Sciammarella, da Unip (Universidade Paulista).
Eles consideraram as provas abrangentes. "Temas do dia-a-dia do médico veterinário foram abordados", diz Enrico Bertolani.
O teste surpreendeu positivamente Bertolani. "Assuntos modernos, como emprego de tecnologia no campo, também não foram esquecidos", afirma.
Para os professores o tempo de duração da prova (quatro horas) foi considerado suficiente para as respostas.
"Um aluno bem-preparado responderia as questões. Os temas constam de qualquer currículo de graduação", afirma Solange Maria Germani, da USP.
Assuntos como clínica veterinária, semiologia e patologia clínica foram considerados simples pelos professores.
"Para dar resposta a algumas perguntas não existe nem sequer necessidade de estar cursando veterinária" analisa Eduardo Larsson.
Queixas
Na opinião de alunos que fizeram a prova de veterinária, porém, algumas questões estavam malformuladas e outras não tinham dados suficientes.
O estudante da Universidade de São Paulo (USP) Carlos Eduardo Larsson, 22, disse que a prova era de nível "razoável".
No entanto, Carlos reclama da falta de dados na primeira questão discursiva, por exemplo, e do enunciado de alguns testes, que estavam não muito claros.
"Acho até que algumas questões deveriam ser anuladas. Isso prejudicou um pouco o nível da prova, mas ela consegue avaliar o ensino das faculdades."
Márcia Cristina Sonada, 24, que também faz o curso de veterinária na USP, achou que a prova tinha muitas questões da área de produção e poucas na área clínica.
"Entre 60% e 80% das pessoas da minha classe querem clínica de pequenos (como cachorro e gato), mas não caiu quase nenhuma questão sobre essa área", afirma Márcia, que também concorda que havia questões malformuladas e com mais de uma resposta possível.

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