São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Kodak e Fuji investem mais durante férias

Consumo no período deve ter alta de 30%

ANA MARIA GUARIGLIA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

As férias escolares, que começam amanhã, estão acirrando a disputa pelo mercado fotográfico brasileiro entre a Kodak e a Fuji, as duas gigantes do setor.
Enquanto a Kodak lança um novo filme, a Fuji investe na distribuição de seus produtos.
Ambas estão de olho no aumento de aproximadamente 30% no consumo de material fotográfico que sempre ocorre em períodos de férias.
A nova linha de filmes Gold, da Kodak, vem no formato 35 mm para cópias em papel, com sensibilidades de ISO/ASA 100, 200 e Ultra 400 -e embalagens coloridíssimas.
Flávio Luiz Gomes, da área de "consumer image", afirma que as novas películas vão agradar os consumidores pela fidelidade de cores, que não se iguala a nenhum outro filme do mercado amador.
Segundo ele, a empresa norte-americana investiu mais de US$ 200 milhões na confecção da linha e quase cinco anos em pesquisas.
"Esses filmes receberam um tipo de emulsão que permite reproduzir cores e tonalidades similares àquelas vistas pelo olho humano", diz Gomes.
Os preços dos novos filmes da Kodak serão iguais aos dos atuais, que custam entre R$ 4 e R$ 8.
Vendas exclusivas
Em vez de se preocupar em colocar novidades na praça, a Fuji vai aproveitar as férias para consolidar sua imagem no mercado brasileiro.
A empresa investiu mais de US$ 1 milhão para garantir exclusividade na venda de filmes e câmeras descartáveis no Parque do Gugu, que será inaugurado no próximo dia 26.
"Nós comemos o mingau pelas bordas, investindo na marca e na melhor distribuição de nossos produtos", diz Maria José de Barros, gerente de comunicações da Fuji.
Potencial
Mas, segundo ele, o mercado nacional de fotografia ainda oferece um grande potencial de crescimento, pois os brasileiros fotografam muito pouco quando comparados aos japoneses ou norte-americanos.
Só para ter uma idéia, nos EUA e no Japão cada habitante gasta, em média, quatro rolos de filme por ano.
No Brasil, essa média é de apenas 0,3 filme por habitante/ano -contra 0,5 filme em países como Venezuela, Argentina e México.

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