São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Laboratório criativo

ALEX PERISCINOTO

Esqueçamos o Kennedy da Guerra do Vietnã, dos problemas com Cuba, dos testes nucleares. Vamos lembrá-lo como um presidente que encorajou o debate e o diálogo, que incentivou a conquista espacial -aquele que, em vez de armas, recebeu manifestantes com café e biscoitos.
Pelo menos, é disso que nos quer convencer o anúncio do Novo Museu da Biblioteca JFK, reproduzido ao lado, que mostra ser possível ressaltar coisas positivas mesmo nas situações mais difíceis.
No Brasil, como seguir esse exemplo diante de tantos escândalos policiais, financeiros, agrários? Sugiro um laboratório criativo -o mesmo que, há alguns anos, sugeri aos alunos de propaganda da USP. Que criassem outdoors e os espalhassem pelo campus universitário. Outdoors para cobrar as reformas no Congresso, cutucar a lentidão do Judiciário, pedir ao Ministério das Comunicações que resolva o problema dos celulares "ascensoristas" -aqueles que nunca ouvem uma conversa inteira.
Tudo isso num verdadeiro exercício de democracia e criatividade. Sem esquecer a receita de ousadia e humor dos nossos geniais cartunistas. Campanhas, inclusive, que enriqueceriam seus futuros portfólios.
Um trabalho de caráter social e com um talento que não custaria a ser reconhecido pela grande mídia. E que seria mais um alento e esperança para nós, brasileiros.
Como tem sido a imagem do Guga nas quadras de tênis -que bem poderia ser homenageado em um dos outdoors. Mostrando para o mundo que nem só de futebol vive o nosso samba.

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