São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Aliados vêem má comunicação
ELIANE CANTANHÊDE
Mais pragmáticos, os pefelistas advertem que não é bem assim. O presidente interino do PFL, deputado José Jorge (PE), acha que, antes, é preciso melhorar o grau de comunicação entre o Planalto e os partidos que dão sustentação ao governo no Congresso. Proclama, ainda: "Parem de fazer marola". Jorge é contra, por exemplo, a divulgação precipitada de uma reforma ministerial administrativa no segundo semestre. Na questão da reforma, Kandir concorda com ele. Acha que mexer com ministérios, órgãos e funcionários perto de eleição não dá certo. "Não é possível que já tenham esquecido a confusão no governo Collor. Ninguém se entendia, ficou uma bagunça", lembra. O presidente se apressa em responder que não está em seus planos extinguir, fundir ou criar ministérios no primeiro mandato. Acha que o fundamental agora é instalar, ainda neste ano, as agências autônomas de petróleo, telecomunicações e energia elétrica, para só mais adiante poder criar um Ministério da Infra-Estrutura ou outro, do Comércio Exterior. FHC ainda se apega ao Real como principal estaca de seu governo. Ele e seus estrategistas políticos, porém, concluíram que é preciso mais. Além da "imagem operativa", querem enfatizar daqui até as eleições que foram dados vários passos após cair a inflação. Seus opositores não pensam assim. O presidente do PT, José Dirceu, adianta que o discurso da frente de esquerdas que está se formando não é de combate ao Real, mas de proposições para que a estabilidade da moeda tenha reflexos no nível de emprego e na melhoria das condições sociais. O Real, portanto, pode não ter mais a mesma força política de 1994, mas deverá chegar a 1998 ainda no centro do processo eleitoral. Texto Anterior: Tucanos buscam 'colar' sua imagem à do Plano Real Próximo Texto: Mitos do franchising (2) Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |