São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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A hora da verdade

CIDA SANTOS

A seleção brasileira, de Radamés Lattari, vai passar, nesta semana, pelo seu maior teste: pela primeira vez, terá pela frente as grandes forças do vôlei. Até agora, o time foi bem na Liga Mundial: em 12 jogos, sofreu 1 derrota. Mas os adversários não exigiram muito: o Japão perdeu de todo mundo, a Argentina só conseguiu ganhar dos japoneses. A Bulgária foi a única que deu mais trabalho.
Dos seis finalistas da Liga, fica difícil fazer alguma previsão. Em época de renovação, tempo em que os times começam a colocar em quadra a geração que estará no auge nos Jogos de Sydney-2000, tudo pode acontecer. Apesar disso, não dá para negar: o time que mais impressionou até agora foi Cuba.
A dupla Pavel Pimienta, 2,08 m, e Ihosvani Hernández, 2,06 m, tem armado um verdadeiro "paredón" na rede cubana. Os dois juntos têm feito uma média de 13 bloqueios certeiros por jogo. Quase um set. Pimienta, 20 anos e um físico de segurança de boate, é a grande revelação de temporada. É o terceiro maior pontuador da Liga: 97 pontos em 12 jogos.
Já a Itália, de Bebeto de Freitas, luta para repetir a façanha de 95: conquistar o título com uma nova geração em quadra. Além de Giani, um dos desfalques tem sido Sartoretti. Com um saque estranho, ele dá um giro no ar antes de bater na bola, Sartoretti já conseguiu 30 pontos para a "azzurra".
A Holanda, sem o levantador Blangé e o atacante Zwerver, fez uma campanha irregular e se classificou no sufoco. O maior destaque é Van de Goor, mas ele tem jogado no sacrifício devido a uma contusão na mão.
A Rússia foi um fiasco na fase de classificação: conseguiu vencer apenas duas partidas, mas, agora, vai jogar em casa. A Bulgária é sempre uma incógnita.
Já ao Brasil, resta torcer e ter o prazer de ver Nalbert jogar: ele tem sido o grande destaque da seleção nacional, dando um show na defesa e recepção.

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