São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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"Governo ridículo"; Filhinhos de papai; Alienação coletiva; Defesa do intercâmbio; O que é isso Barreto?; Espaço para o pagode; Uma múmia!; "Indignação"; Solteiro também ama

Escreva, diga o que você pensa sobre este hebdomadário, sobre o Brasil ou o mundo! O governo FHC dá o tom da seção hoje

"Governo ridículo"
"Discordo de Camila Bachega e de Patrick Vezali. Nem de longe dá para apoiar esse governo ridículo do FHC. Está mais do que claro que ele não está nem um pouco interessado nos problemas do país, mas sim na sua reeleição. Do contrário, faria um bom governo e com certeza seria reeleito pelo povo, sem se preocupar em comprar votos e fazer tantas alianças.
Também é que ele está fazendo o que o Collor pretendia fazer; a diferença é que o último quis roubar sozinho, e o atual, mais "esperto", usa de conchavos, alianças etc.
Apoiar o governo de FHC é retrato de alienação e ignorância. E com certeza só apóia quem leva alguma vantagem e/ou deve estar em razoável situação econômica. Dizer que 'agora podemos planejar o futuro sem cair na lama' é tanta desinformação que nem merece comentário. Rezemos pelo Brasil."
João Paulo Passarelli, 18 (São Paulo, SP)

Filhinhos de papai
"O Folhateen está cheio de filhinhos de pai rico falando em sem-terra, reforma agrária e metendo o pau no governo FHC. Mas são os que se aproveitam da universidade pública gratuita enquanto a classe operária, à qual pertenço, tem a maior dificuldade de encontrar uma vaga no ensino primário e secundário por falta de recursos, devidamente consumidos na universidade pública. Não posso concorrer a uma vaga nas faculdades públicas porque estão cheias de filhinhos de papai que estudaram melhor no primário, secundário e em cursinhos caríssimos.
Quando FHC fala em cobrar dos ricos nas faculdades públicas para melhorar o ensino básico para os pobres, eles dão a maior bronca. A preocupação social dessa gente é mais falsa que uma nota de R$ 12. Viva a reforma universitária proposta."
Alfredo Mattos Pinheiro, 22 (via e-mail)

Alienação coletiva
"Tenho acompanhado a discussão sobre o governo FHC neste jornal. Não vou isentar o governo de culpa. Mas acho que grande parte do caos em que vivemos se deve à mentalidade tacanha da sociedade. Uma sociedade que passa o dia entretida diante da televisão com as 'malhações' da vida. Que aplaude massacres, como o já esquecido do Carandiru, e defende a pena de morte. Que não respeita lixeiros ou coloca fogo em índios. Que é capaz de gastar sabe-se lá quanto dinheiro com a roupa da moda enquanto gente morre de frio nas ruas.
Enquanto essa mentalidade não mudar, enquanto não houver uma desalienação coletiva, o Brasil não mudará. E como já disse Caetano Veloso: 'Se fossem tão bons em política como são em estética, estaríamos feitos'.
Que cada um faça sua parte, e vamos ver quem segura o Brasil."
Carolina Silva, 18 (Bragança Paulista, SP, via e-mail)

Defesa do intercâmbio
"Não posso deixar de escrever para concordar, em certos pontos, com a visão de Gustavo Ioschpe sobre o intercâmbio para os Estados Unidos, escrito na coluna 'Free way', Folhateen de 23/6. Mas, daí, generalizar, achando que todos os programas de intercâmbio cultural são um barco furado, é demais!
Tenho duas irmãs que participaram do programa de intercâmbio do Rotary Club e se deram muito bem. Ambas estiveram em Estados muito bem localizados (Connecticut e Pensilvânia), e as famílias que as hospedaram até hoje mantêm contato devido ao forte vínculo de amizade criado durante o ano em que vivenciaram o intercâmbio. Espero que aquela reportagem não interfira negativamente na decisão de jovens que querem ter essa experiência rica em amadurecimento e conhecimento de uma outra cultura, mas que sirva de alerta para que procurem instituições idôneas de programas de intercâmbio."
Luciano Bahu (Novo Horizonte, SP, via e-mail)

O que é isso Barreto?
"Salve, galera do Folhateen! Vocês estão cada vez melhor! Achei bárbara a carta do Orlando Delacierra (16/6). Eu também me pergunto 'Que país é esse?' e não encontro explicação. Bárbara também foi a 'Free way' (16/6). O Gustavo está coberto de razão. Assisti 'O Que É Isso, Companheiro?' e me decepcionei com a idéia do Bruno Barreto em transformar nossos jovens guerreiros e heróis em mauricinhos à procura de perigo e os torturadores e assassinos em vítimas do sistema. Abaixo a ilusão de ótica!"
Erika Marques Farias, 17 (São Paulo, SP)

Espaço para o pagode
"Gostaria de matérias sobre os grupos Katinguelê, Negritude Jr., Karametade, Raça Negra. Se alguém se interessa por pagode, escreva para mim."
Sandra Regina da Silva, 15 (r. da Padroeira, 443, CEP 13060-582, Campinas, SP)
Uma múmia!
"Sempre que dirigi minhas críticas ao Álvaro Pereira Jr, combatendo o seu discurso de roqueiro bairrista, procurei evitar termos pejorativos para que a briga não se tornasse pessoal. Porém, após ler a sua hilariante coluna de 16/6, não pude deixar que passasse esta oportunidade e, como ele mesmo diz... O Álvaro é uma múmia!"
Dario de Oliveira Neves, 21 (São Paulo, SP)

resposta do jornalista Álvaro Pereira Jr.: Tutancâmon manda um abraço.
"Indignação"
"Estou indignado com a carta do leitor Lucas Lima Santana (23/6). Ele provou que não sabe nada de política. Pô cara, criticar o Fernando Henrique Cardoso? O cara acabou com a inflação. Aposto que você nunca viu um país como o nosso tão bem organizado. Ou será que você quer o Collor ou a ditadura de volta? Velhinho é você, seu cabeça de vento."
Luciano Masson, 15 (Franca, SP)

Solteiro também ama
"Escrevo para fazer uma pequena crítica: na edição de 9/6, quase o caderno inteiro foi ocupado por poesias de amor ao Dia dos Namorados. Achei muito certo vocês colocarem um espaço reservado aos namorados, mas não precisavam exagerar. Vocês também deveriam reservar um espaço aos solteiros do Brasil, que, como vocês colocaram em uma tira na primeira página, chegam a 19,5 milhões. Antes de colocar tantas páginas com poemas, vocês deveriam atender a tantas solicitações que vêm recebendo."
Alessandra Regina Goy Tognolo (via e-mail)

resposta: Alessandra, a edição foi dedicada ao amor e não especificamente a quem está namorando. Afinal, sejam solteiros ou não, todos podem amar.

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