São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997
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Tumulto marca sessão

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

A proximidade do início da votação da abertura do processo de impeachment do governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira (PMDB), ontem, no plenário da Assembléia, acirrou os ânimos entre deputados governistas e de oposição.
O peemedebista Manoel Mota, que não desejava que a votação ocorresse antes da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a ação judicial impetrada por Vieira, deu um empurrão pelas costas no deputado Carlito Merss (PT).
O petista queria que fosse cumprido o acordo de líderes, estabelecido no início da sessão extraordinária, que previa a votação logo depois do pronunciamento dos deputados.
Se o acordo das lideranças fosse cumprido à risca, a votação da abertura do processo de impeachment aconteceria por volta das 13h30.
Merss foi empurrado quando ocupava o microfone de apartes, defendendo a sua posição, compartilhada pelo deputado Ivan Ranzolin (PPB). O deputado do PT não reagiu ao empurrão.
Satisfações
Iniciou-se um pequeno tumulto entre Mota, Romildo Titon (PMDB) e Idelvino Furlanetto (PT), que foi tirar satisfações em função da agressão a Merss.
Soldados da Polícia Militar se posicionaram nas portas de entrada do plenário da Assembléia.
A deputada Ideli Salvatti (PT), que foi presidente da CPI das Letras -que pediu o impeachment do governador-, protestou verbalmente contra a atitude dos peemedebistas.
Não houve troca de agressão física porque os deputados Herneus de Nadal (PMDB) e Jaime Mantelli (PDT), entre outros parlamentares, impediram.
O presidente da Assembléia, Francisco Kuster (PSDB), diante do impasse sobre o horário da votação, decidiu encerrar a sessão extraordinária às 13h50.
A votação do processo de impeachment foi então deixada para o período da tarde, depois da decisão do STF que determinou que o governador poderá se defender das acusações sem precisar deixar o cargo.

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