São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997
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Governo pede ajuda para pagar reajuste

FÁBIA PRATES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governo mineiro vai pedir ajuda ao governo federal para fazer frente ao aumento salarial concedido aos policiais civis e militares.
A idéia, segundo o vice-governador Walfrido dos Mares Guia, é tentar renegociar com o governo federal a redução dos serviços da dívida do Estado. A dívida do governo mineiro é de R$ 11,5 bilhões, incluindo títulos e contratos.
Segundo Mares Guia, a previsão do governo era gastar, neste ano, R$ 750 milhões com o pagamento de juros e principal da dívida.
O governo estuda também outras estratégias de redução das despesas e aumento da receita.
O pagamento de fornecedores e os investimentos devem ser sacrificados, mas ainda não estão definidos quais os impactos.
Hoje o governo gasta cerca de 77% da arrecadação com pagamento de funcionários. Com o aumento de salário dos policiais, os gastos com a folha de pagamento devem superar 80%, segundo estimativas do governador Eduardo Azeredo.
A receita líquida mensal é de R$ 450 milhões. Com o aumento, os gastos com o funcionalismo crescerão cerca de R$ 28 milhões. O governo mineiro deve enfrentar novos problemas com os demais funcionários públicos. Eles recusam o abono de R$ 45, concedido pelo governo.
Querem o mesmo percentual concedido aos policiais militares, 48,2%. O presidente da Coordenação Sindical -entidade que congrega várias categorias do funcionalismo público mineiro-, Renato Barros, disse que os sindicatos não vão aceitar o argumento de que não há recursos para dar aumento.
A Coordenação Sindical planeja uma greve geral para o dia 21 de agosto, mas, segundo Barros, a data pode ser antecipada. Antes disso, segundo ele, vão acontecer várias mobilizações setorizadas.
Segundo o vice-governador, o secretário de Estado de Administração, Cláudio Mourão, vai conversar com todas as categorias para apresentar as dificuldades de caixa do governo. Hoje à tarde o secretário se reúne com representantes da Coordenação Sindical.
Os agentes penitenciários decidem hoje se paralisam as atividades. Ontem eles se reuniram com uma equipe do governo para definir valores e carga horária.

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