São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997 |
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Estudo diz que há vagas em hospital do RJ
RONI LIMA
Pinheiro -que foi diretor-geral do hospital municipal Miguel Couto, um dos maiores do Rio- promoveu ontem uma audiência pública para, com autoridades da área, discutir saídas para a crise do sistema de saúde no Rio. Segundo ele, ficou claro para todos que a solução para o problema começa -como manda a Constituição federal- com a municipalização, com a Prefeitura do Rio passando a ser a gestora única do sistema. No município existem 115 unidades de saúde ligadas ao SUS -controladas pelos governos federal, estadual e municipal. Para Pinheiro, esses "três patrões" complicam a situação do atendimento de saúde no Rio. Pelos dados da pesquisa da Câmara, são 23.636 leitos cadastrados para internação -sendo que 13,9% (3.282) estão inativos. Dos 115 hospitais, 63 (55%) são públicos e 52 (45%), privados. Dos leitos ativos, 53% são públicos. O problema do sistema, que Pinheiro define como "anárquico", começaria por haver uma oferta maior de leitos nas áreas mais nobres da zona sul e do centro da cidade, enquanto existe carência na zona oeste e nos subúrbios. Primeiro resultado: há uma corrida de doentes de toda a cidade e até de municípios do Grande Rio para os leitos das áreas mais nobres. Com isso, a rotatividade média por mês nos leitos diminui. Outro problema da rede de atendimento, segundo ele, é o excesso de leitos para internações cirúrgicas e psiquiátricas, enquanto há carência para o atendimento clínico, pediátrico e obstétrico. Como a rede ambulatorial tem baixa produtividade, acaba agravando a superlotação da rede emergencial (que deveria receber apenas os casos mais graves). "Existe uma distribuição irregular de leitos na cidade, uma baixa produção na rede ambulatorial e uma sobrecarga na rede emergencial, agravada por aqueles clientes que são excluídos pelos planos de saúde", disse Pinheiro. O secretário municipal de Saúde, Ronaldo Gazolla, afirmou que irá hoje a Brasília para discutir com o ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, a possibilidade da transferência para a prefeitura, até o final do ano, da administração de seis hospitais federais. Texto Anterior: Escola treina para Olimpíada de 2004 Próximo Texto: Sarampo já atinge 844 casos em SP Índice |
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